“Acreditamos que, no atual contexto, em que temos o preço dos combustíveis no teto e há falta de combustíveis no mercado, a refinaria de Sines assume uma importância ainda maior”, afirmou à agência Lusa o coordenador da CCT da Petrogal, Hélder Guerreiro.

Nesse sentido, defendeu, a refinaria da Galp em Sines “deve receber, não só os investimentos que já estão previstos” para a produção de hidrogénio e de combustíveis sintéticos, mas também “as unidades que foram fechadas no norte”.

As unidades que funcionavam na refinaria de Matosinhos, fechada em 2021, “fazem falta” ao complexo de Sines para que consiga “maximizar a sua produção e cumprir a missão de abastecer o mercado português de combustíveis”, referiu o responsável.

O coordenador da CCT da Petrogal, que falava a propósito de uma reunião realizada esta manhã com a direção da refinaria de Sines, disse ter apresentado as “perspetiva” da estrutura representativa dos trabalhadores para o futuro do complexo.

“A refinaria de Sines tem futuro”, porque, apesar de haver “aparentemente uma maior aposta nos veículos elétricos”, está “demonstrado que ainda não há uma alternativa efetiva aos combustíveis fósseis”, vincou.

Insistindo que “o futuro ao nível da energia é uma incógnita”, Hélder Guerreiro considerou que o fim do gasóleo e da gasolina ainda “vai demorar muito tempo” e “Portugal tem que continuar a ter uma refinaria”.

“Continuamos a dizer que Portugal devia ter duas refinarias, mas, agora, só tem uma refinaria”, pelo que “temos de dotar” a de Sines de “toda a capacidade necessária para refinar crude, pelo menos, para o consumo interno”, sustentou.

O responsável revelou que, na reunião, a direção da refinaria de Sines transmitiu à CCT da Petrogal que “está a trabalhar para corrigir alguns problemas ao nível da segurança e da manutenção industrial” para que o complexo “possa ter um maior futuro”.