O coordenador do Programa Nacional para Doenças Oncológicas, Nuno Miranda, explicou à agência Lusa que o trabalho hoje distinguido com o Nobel da Medicina veio permitir que, na prática clínica, sejam estimuladas as defesas do próprio doente contra células oncológicas.
Segundo o especialista português, o norte-americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo descobriram “uma espécie de travão” nas células do sistema imunitário e que é ativado pelas células cancerígenas.
“Hoje em dia já é possível contrariar o efeito deste travão e ajudar a combater as células oncológicas”, afirmou Nuno Miranda, adiantando que há já medicamentos, também usados em Portugal, que tentam utilizar este mecanismo, para tornar mais eficaz o sistema imunitário do doente.
No fundo, são fármacos que tentam inibir o travão das células do sistema imunitário, permitindo combater as células oncológicas.
"A Assembleia Nobel decidiu hoje atribuir o Nobel da Fisiologia ou da Medicina 2018 conjuntamente a James P. Allison e Tasuku Honjo pela sua descoberta da terapia do cancro por inibição da regulação imune negativa", disse o secretário-geral do Comité Nobel, Thomas Perlmann.
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