A circulação rodoviária na Serra de Sintra, distrito de Lisboa, está cortada desde as 20:00 de sexta-feira e, inicialmente, previa-se que pudesse reabrir às 23:59 de hoje.
Contudo, segundo um comunicado divulgado hoje, a Câmara de Sintra decidiu alargar a interdição ao trânsito na serra até às 08:00 de domingo.
“A interdição de circulação nas vias municipais resulta da forte precipitação e forte intensidade do vento, associado a um elevado número de queda de árvores, que se verificaram nos últimos dias na Serra de Sintra”, justificou.
A Câmara de Sintra explicou que a situação de interdição do trânsito na serra é avaliada de 12 em 12 horas, podendo ser “agravada ou desagravada, tendo em conta as condições que se possam vir a registar”.
A principal estrada da Serra de Sintra, entre o cruzamento da Azoia/cruzamento da Portela e Portela Capuchos, já se encontrava encerrada desde quinta-feira.
A autarquia de Sintra acrescentou que tanto o evento Reino do Natal como as atividades no terreiro do Palácio Nacional da vila serão retomados este domingo, quando a interdição for levantada.
Estes espaços encontram-se encerrados deste quinta-feira por questões de segurança.
Também os monumentos que integram o perímetro da Serra de Sintra, nomeadamente a Quinta da Regaleira, Palácio Nacional da Pena e Castelo dos Mouros, estiveram encerrados este sábado e retomam o seu normal funcionamento após o levantamento da interdição.
“A Serra de Sintra integra uma região de proteção classificada sensível ao risco de queda de árvores e desmoronamentos de terras nas atuais condições meteorológicas, sendo caraterizada por um elevado número de visitantes. Torna-se assim fundamental acautelar na zona a proteção de pessoas e bens no atual contexto climatérico”, conclui a nota da autarquia.
Os fortes efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos, um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas, registando-se 9.500 ocorrências no continente português, sobretudo inundações e quedas de árvore.
O mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou hoje o impacto da depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
No balanço realizado às 13:00 de hoje, a Proteção Civil indicou que a situação no rio Mondego é a mais preocupante, estando a decorrer evacuações para prevenir os efeitos de eventuais cedências de diques.
O IPMA já havia alertado para os efeitos da depressão Fabien, em especial no Norte e no Centro. Prevê-se uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.
Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar entre as 21:00 de hoje e as 12:00 de domingo em aviso vermelho, devido à agitação marítima, a que se soma Vila Real, por causa de fortes rajadas de vento, que podem atingir 140 quilómetros/hora.
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