“A SATA confirma que recebeu, esta manhã, uma equipa de inspetores da PJ nas suas instalações, tendo mostrado a total disponibilidade para facultar toda a informação que lhe foi solicitada neste âmbito”, refere a transportadora aérea em comunicado.
A SATA foi um dos sócios fundadores, a par do Governo dos Açores, da Associação Turismo dos Açores (ATA), que, entretanto, ambos abandonaram, e que foi terça-feira alvo de buscas da PJ por suspeitas de “fraude para a obtenção de subsídio, peculato, falsificação de documentos e participação económica em negócio", tendo o presidente do organismo, Francisco Coelho, sido constituído arguido.
A operadora refere que “não tem conhecimento de ser alvo de qualquer investigação no âmbito deste processo” e reafirma que “está, naturalmente, absolutamente disponível para colaborar com as entidades competentes”.
Segundo um comunicado do Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada da Polícia Judiciária (PJ), foram "realizadas, no concelho de Ponta Delgada, cerca de 20 buscas a empresas, residências e viaturas, que permitiram a apreensão de abundantes elementos com interesse probatório, entre os quais documentação contabilística, faturas, contratos, pagamentos, relatórios de execução de projetos, dados informáticos e correio eletrónico".
"Foram constituídos cinco arguidos, entre eles o presidente da instituição em causa […] e uma responsável de departamento, sua familiar, os quais são suspeitos de, articuladamente e em conluio com outras pessoas”, terem “atuado ao longo de vários anos à margem das regras relativas à contratação pública, com vantagens pessoais e para terceiros", refere a PJ.
A ATA foi crida para “promover a região Açores, como destino turístico de natureza”, com uma “forte componente experiencial, nos mercados emissores estratégicos”, visando “aumentar de forma sustentada o volume de dormidas em todas as ilhas dos Açores, bem como as receitas para todos os ‘stakeholders’ do sector”, segundo a página da internet da associação.
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