“Apesar das previsões de interrupção, o serviço de transporte nas ligações fluviais Cacilhas — Cais do Sodré, Montijo — Cais do Sodré e Seixal — Cais do Sodré foi assegurado, com a realização da grande maioria das carreiras”, indicou a empresa Transtejo/Soflusa (TTSL), em resposta à agência Lusa.

De acordo com a empresa, os trabalhadores da Transtejo que hoje estão a fazer greve parcial, de três horas por turno, são os afetos aos terminais/estações fluviais, administrativos, técnicos superiores e de funções de apoio, em que a adesão no período da manhã “foi de 55%”.

“Apenas se registou efetiva interrupção de serviço na ligação fluvial Trafaria — Porto Brandão — Belém, a qual iniciou atividade às 09:30”, destacou a TTSL.

Relativamente ao primeiro dia de greve parcial na Transtejo, que se realizou na segunda-feira, por parte dos trabalhadores com as categorias profissionais de “Controladores” e de “Mestres de Tráfego Local”, a empresa atualizou os dados relativos à adesão, concluindo que, em termos gerais, a participação “atingiu os 74%”.

No período da manhã de segunda-feira, foi registada “uma adesão de 71%” dos trabalhadores destas categorias, referiu a empresa, num balanço confirmado pelo sindicalista Paulo Lopes, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

“Na ligação fluvial Seixal — Cais do Sodré a adesão foi nula, pelo que as carreiras do período de ponta da manhã foram realizadas, como habitual”, informou a TTSL.

O sindicalista Paulo Lopes disse que a greve parcial de segunda-feira foi dirigida aos trabalhadores com a categoria de “Mestres” e durante a manhã houve “adesão total” nas ligações Cacilhas – Cais do Sodré, Montijo – Cais do Sodré e Trafaria – Porto Brandão — Belém.

“Aderiram todos, exceto um mestre na linha do Seixal”, referiu o sindicalista da FECTRANS.

Segundo a empresa, o serviço de transporte nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Trafaria, na sequência da greve parcial, “foi iniciado, com a devida normalidade, nos horários previstos e anunciados”.

Já no período da tarde de segunda-feira, a adesão destes trabalhadores foi de 77% e, “à semelhança do período da manhã, a ligação fluvial do Seixal manteve-se ativa”, adiantou a TTSL, acrescentando que “as restantes ligações fluviais da Transtejo reiniciaram conforme previsto, na devida normalidade”.

Os trabalhadores da Transtejo cumprem hoje o segundo de cinco dias de greve parcial, de três horas por turno, que teve início na segunda-feira e se prolonga até sexta-feira, por verem as suas reivindicações ignoradas pela administração da empresa e pelo Governo.

Relativamente ao modelo da greve parcial, o sindicalista da FECTRANS Paulo Lopes explicou que no quinto e último dia, na próxima sexta-feira, “todos os trabalhadores da Transtejo estão em greve”.

A FECTRANS realçou que os trabalhadores “voltam à luta porque durante quase um ano a administração/Governo ignoraram as reivindicações dos trabalhadores e as soluções que lhes foram apresentadas”.

As reivindicações dos trabalhadores são relativas a este ano, e “podem ser suportadas pelos orçamentos da empresa e do Estado”, pelo que a situação entretanto criada pelo chumbo da proposta orçamental e marcação de eleições legislativas “não inviabiliza situações, basta haver vontade do Governo”, referiu o sindicato.

No site da empresa, a Transtejo avança que “não é possível garantir o serviço regular de transporte fluvial” durante a realização da greve, sendo que os terminais e estações vão estar encerrados durante os mesmos períodos “por motivos de segurança”.

O detalhe sobre os horários previstos pode ser consultado no ‘site’ da empresa Transtejo/Soflusa em https://ttsl.pt/avisos/.

Os trabalhadores da Transtejo, juntamente com os da Soflusa, fizeram várias greves parciais durante este ano, a última das quais em 21 de setembro, devido a falhas nas negociações salariais entre a administração da empresa e os sindicatos, tendo o Ministério do Ambiente reunido igualmente com os sindicatos na tentativa de desbloquear a situação.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

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