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Naquela que foi a sexta ronda de conversações em menos de três anos, mais de 100 países defenderam limites à produção, enquanto grandes produtores de petróleo, como a Arábia Saudita e a Rússia, insistiram numa abordagem centrada na reciclagem.

A reunião, que deveria terminar na quinta-feira, prolongou-se noite dentro na esperança de desbloquear o impasse, mas acabou por encerrar sem acordo, avança a BBC.

A ONU iniciou as negociações em 2022, perante as crescentes provas científicas dos riscos dos plásticos para a saúde humana e para o ambiente. Os microplásticos já foram detetados em solos, rios, ar e até em órgãos humanos.

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A produção mundial de plástico passou de dois milhões de toneladas em 1950 para cerca de 475 milhões em 2022 e continua a aumentar.

A União Europeia e o Reino Unido, apoiados por empresas como a Nestlé e a Unilever, queriam que o tratado impusesse limites e regras de design para facilitar a reciclagem. Já os países produtores de petróleo, para quem os plásticos são parte essencial da economia, defenderam investimentos em recolha e reciclagem, rejeitando cortes na produção.

Para os críticos, esta abordagem é insuficiente: a taxa global de reciclagem ronda os 10%, e mesmo que suba para 30%, grande parte do plástico continuará a poluir.

O fracasso das negociações gerou críticas de organizações ambientais, que acusam alguns países de bloquear o processo para proteger interesses ligados aos combustíveis fósseis.

As conversações serão retomadas em data a anunciar.