Na sequência da promessa, o tribunal revogou “o benefício da suspensão dos mandados de prisão” de Iván Márquez – principal negociador do acordo de paz de 2016 -, Seuxis Paucias Hernández, conhecido como “Jesús Santrich”, Henry Castellanos Garzón (“El Paisa”), José Vicente Lesmes (“Walter Mendoza”) e José Manuel Sierra Sabogal (“Zarco Aldinever)”.
Depois de mais de um ano de paradeiro desconhecido, o ex-número dois das FARC e principal negociador do acordo de paz de 2016, Iván Márquez, reapareceu num vídeo esta quinta-feira com outros ex-líderes do grupo, anunciando o regresso às armas.
“Anunciamos ao mundo que começou a segunda Marquetalia (local de nascimento das FARC), sob o suporte do direito universal que assiste todos os povos do mundo a levantarem armas contra a opressão”, afirmou Iván Márquez, denunciando uma “traição” do Estado ao pacto de 2016.
No mesmo dia, a União Europeia (UE) afirmou que o seu compromisso “com o processo de paz é e continua a ser inabalável”.
A porta-voz da UE para a Política Externa, Maja Kocijancic, afirmou em comunicado que a decisão de vários ex-ativistas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) de se retirarem “do processo de paz ameaça desfazer os importantes progressos alcançados nos últimos anos”, mas considerou que é “uma decisão de um pequeno grupo”.
O conflito armado na Colômbia, que envolveu guerrilhas, grupos paramilitares, forças do Governo e narcotraficantes ao longo de mais de 50 anos, causou mais de 260 mil mortos, quase 83 mil desaparecidos e 7,4 milhões de deslocados.
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