O FBI expressou, em comunicado, “preocupações sérias” sobre os planos da Casa Branca de permitir a publicação de informação elaborada pelo Partido Republicano e alertou que contém algumas “omissões de factos relevantes” que poderiam comprometer a “exatidão”.
Donald Trump tocou no assunto ao chegar ao Congresso, para realizar o discurso sobre o Estado da Nação, quando prometeu ao congressista republicano Jeff Duncan que publicaria a esperada informação.
A intenção de Trump foi difundida num vídeo por várias cadeias de televisão norte-americanas.
Questionada hoje numa entrevista à CNN, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, disse que, por agora, “não há planos de trazer a público o memorando” e sublinhou que Donald Trump não tinha sido informado do conteúdo da informação quando se referiu ao mesmo, na terça-feira.
Pouco tempo depois de Sanders ter-se referido ao assunto, o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, disse na emissora de rádio Fox News que o memorando “se tornará público bastante rápido”, depois de os advogados especializados em segurança nacional do Presidente dos Estados Unidos terminarem de “estudarem a informação, para saberem bem o que significa”.
Na segunda-feira, o Comité de Inteligência da Câmara de Representantes dos Estados Unidos votou favoravelmente trazer a público a informação, redigido pelo ‘staff’ do congressista republicano Devin Nunes.
O comité concedeu cinco dias à Casa Branca para decidir se permite a publicação da informação, que, de acordo com Christopher Steele, autor do famoso dossiê cheio de detalhes sórdidos sobre Trump, deu mais informações ao FBI.
Com base nessas informações, o FBI decidiu ampliar as atividades de vigilância a Carter Page – assessor de política exterior na campanha eleitoral de Trump – por suspeitas de ter atuado como agente russo.
O Departamento de Justiça, através de Rod Rosenstein, firmou um pedido judicial para realizar essa vigilância, o que aumentou a frustração de Trump para com Rosenstein, que supervisiona o responsável pela investigação à ingerência russa nas eleições, Robert Muller.
Comentários