"As economias de toda a vida vão desaparecer por completo", previu o candidato republicano no museu da aviação de Asheboro, com o barulho de aviões de guerra como pano de fundo.
"Se a camarada Kamala vencer em novembro, a Terceira Guerra Mundial está praticamente garantida", insistiu Trump, acrescentando que a adversária é "a pessoa de esquerda mais radical" que já disputou a Casa Branca.
"Quer fronteiras abertas. Se for presidente, em quatro anos" haverá entre "60 milhões e 70 milhões" de imigrantes de todo o mundo, disse Trump, cuja retórica contra a imigração se tornou uma marca da sua campanha.
O republicano, 78, prometeu que fará com que o país "volte a ser forte e grande", e ressaltou que é capaz de evitar uma guerra com um telefonema.
"Vamos devolver a paz ao mundo e, acima de tudo, posso fazê-lo com um telefonema" para alertar o país que, se entrar em guerra, não poderá "fazer negócios nos Estados Unidos" e pagará "taxas de 100%".
Os Serviços Secretos recomendaram que Trump deixasse de participar em atos públicos ao ar livre. Habituado a multidões, vinha fazendo comícios em locais fechados.
O ex-presidente mostrou-se tranquilo hoje. A determinado momento, deixou o palco e aproximou-se da multidão para observar uma pessoa que parecia sentir-se mal.
Estados-chave
O bilionário faz campanha nesta semana em estados-chave, com o objetivo de parar a projeção de Kamala Harris. A vice-presidente recebeu ontem o apoio formal dos delegados democratas, tornando-se a primeira mulher negra candidata à presidência do país.
Desde que o presidente Joe Biden desistiu de concorrer à reeleição, Kamala levou esperança ao partido e mobilizou multidões de até 10 mil pessoas nos seus comícios, além de impulsionar a arrecadação de fundos.
O que mais preocupa Trump, porém, é a reviravolta nas sondagens, nas quais a democrata aparece com uma leve vantagem em alguns estados-chave. A Carolina do Norte é um desses sete estados onde a disputa é acirrada, e que devem decidir o resultado das eleições de 5 de novembro.
Restam mais de dois meses de campanha e a sorte não está lançada para nenhum dos candidatos, que terão de lutar para conquistar o voto dos jovens, dos independentes ou indecisos e das minorias, sobretudo latinos e afro-americanos.
Alguns republicanos recomendam que Trump se concentre no seu programa de governo e deixe de lado os ataques pessoais à adversária. O republicano queixou-se hoje de que os democratas estão obcecados por ele e instrumentalizam a Justiça, que o condenou em maio num processo criminal e abriu outras causas contra o magnata.
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