“É muito triste de ver”, declarou Trump no meio das ruínas, acompanhado pela responsável municipal local, Jody Jones. “Em relação ao número de mortos, ninguém sabe verdadeiramente neste momento, há muitas pessoas que continuam desaparecidas”, acrescentou.
O “Camp Fire” destruiu perto de 60.000 hectares no norte da Califórnia. O incêndio provocou 71 mortos e mais de 1.000 pessoas permanecem desaparecidas.
No sul do estado da Califórnia, perto de Los Angeles, o “Woolsey Fire” queimou perto de 40.000 hectares, incluindo uma parte da célebre estância balnear de Malibu, com um balanço de pelo menos três mortos.
Perto de 9.000 bombeiros foram deslocados para as suas frentes, enquanto dezenas de milhares de habitantes foram retirados das suas casas, com muitos ainda sem autorização para regressar.
O essencial das operações de busca de pessoas desaparecidas decorreu em Paradise, onde vivem numerosos reformados que não conseguiram fugir a tempo.
Desde os primeiros dias do mortífero incêndio que Trump denunciou a má gestão das florestas pelas autoridades do “Golden State”, apesar de estas permanecerem na sua maioria sob controlo do Estado federal.
O chefe da Casa Branca ameaçou ainda cortar os fundos federais, e quando o Congresso disponibilizou um orçamento de dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) no combate contra os incêndios para o exercício orçamental de 2018.
Hoje, pouco antes da sua partida, voltou a pronunciar-se por “uma gestão diferente”, que disse defender “há muito tempo”.
O aquecimento global “pode ter contribuído um pouco” para a progressão fulgurante das chamas, mas “o maior problema é a gestão”, tinha insistido na sexta-feira em declarações à Fox News.
A Califórnia opõe-se em diversas frentes às políticas de Trump, da imigração ao ambiente e à regulação das armas de fogo. O estado mais populoso dos EUA é também o que inclui mais imigrantes e indocumentados, fortemente perseguidos pela política presidencial.
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