Após a reunião que manteve hoje com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o candidato republicano Donald Trump prometeu que, se for eleito presidente dos Estados Unidos, reconhecerá Jerusalém como a capital "unificada" de Israel.
"Trump reconheceu que Jerusalém foi a capital eterna do povo judeu por mais de três mil anos, e que os Estados Unidos, sob o governo Trump, finalmente irão aceitar o mandato do Congresso de reconhecer Jerusalém como a capital unificada do Estado de Israel", declarou a sua equipa de campanha num comunicado.
Israel ocupou a metade leste de Jerusalém durante a guerra contra os árabes, em 1967, e anexou-a ao seu território em 1980, declarando toda a cidade como sua capital. "O primeiro-ministro Netanyahu discutiu com Trump assuntos relacionados com a segurança de Israel e os seus esforços para conseguir a estabilidade e a paz no Oriente Médio", indicou, por seu lado, o gabinete do líder israelita num comunicado no qual não foi feita qualquer referência à promessa de Trump sobre Jerusalém.
Os Estados Unidos e a maioria dos países-membros das Nações Unidas desconhecem a anexação de Jerusalém e consideram que o status definitivo do território é um tema-chave que deve ser resolvido em negociações de paz com a Palestina. Em outubro de 1995, o Congresso americano aprovou uma lei pelo reconhecimento de Jerusalém unificada como capital de Israel e que autoriza inclusive recursos para mudar a embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém. Nenhum presidente americano implementou esta lei, considerando que implicaria a violação da autoridade do Executivo em matéria de política externa.
Trump também conversou com Netanyahu sobre a experiência de Israel com "o muro de segurança" usado para dividir o país da Cisjordânia. Recorde-se que, ao longo da sua campanha, o candidato republicano tem vindo a prometer construir um muro ao longo da fronteira dos Estados Unidos com o México para evitar a passagem de imigrantes.
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