Esta decisão representa mais uma rutura com a anterior administração, liderada por Barack Obama, e surge após a administração Trump ter anunciado a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre alterações climáticas.
O último documento estratégico, preparado em 2015 pelo então Presidente Obama, declarou as alterações climáticas como “uma ameaça urgente e crescente” para a segurança nacional dos Estados Unidos.
Tal princípio seria também importante para construir um consenso internacional sobre a necessidade de travar o aquecimento global como uma prioridade de segurança nacional.
“As alterações climáticas não são identificadas como uma ameaça à segurança nacional, mas o clima e a importância do ambiente e da gestão ambiental são mencionados”, referiu um alto funcionário norte-americano, citado hoje pela imprensa internacional, que adiantou no fim de semana alguns dos aspetos do documento estratégico.
Sobre o plano que Trump irá apresentar hoje, outro funcionário norte-americano, que falou sob anonimato à agência norte-americana Associated Press, avançou que o documento do Presidente, que declarou sempre “América Primeiro” desde que chegou ao poder em janeiro último, estará focado em quatro grandes temas: proteger o país e modo de vida americano, promover a prosperidade americana, empenho na paz através da força e progredir na influência dos Estados Unidos num mundo cada vez mais competitivo.
O mesmo documento define a China e a Rússia como potências “revisionistas”, países que desafiam o poder, a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos.
De acordo com excertos disponibilizados por altos funcionários da administração norte-americana, o documento estratégico, que guia a atuação dos Estados Unidos nos cenários internacionais, indica que os governos de Pequim e Moscovo estão “determinados a tornar as economias menos livres e menos justas, desenvolver o poder militar, controlar informação e dados, reprimir as respetivas sociedades e expandir a respetiva influência”.
E como tal, estes países exigem aos Estados Unidos que repensem “a política seguida nas últimas duas décadas — políticas baseadas na suposição de que a cooperação com países rivais e a respetiva inclusão nas instituições internacionais de comércio global os transformaria em atores benignos e em parceiros fiáveis”.
“Em grande parte, esta premissa viria a revelar-se falsa”, acrescenta o texto, citado pela imprensa norte-americana.
A atuação da Coreia do Norte, o Irão e os grupos de terrorismo islâmico também são referidos no documento estratégico.
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