“O Congresso recebeu a notificação de que o Presidente retirou oficialmente os Estados Unidos da OMS em plena pandemia”, escreveu no Twitter o senador democrata, membro da comissão senatorial dos Negócios Estrangeiros, segundo escreve a agência noticiosa France-Presse (AFP).

Também a agência de notícias espanhola Efe, citando um funcionário da Casa Branca que pediu para não ser identificado, indicou que os Estados Unidos deram início ao processo de saída da OMS, o que só sucederá dentro de um ano, decisão que, lembra, chega em plena crise pandémica associada à covid-19.

“O aviso da saída dos Estados Unidos, que se tornará efetiva em 06 de julho de 2021, foi enviado ao secretário-geral da ONU [António Guterres], que é o depositário da OMS”, disse a fonte à Efe.

Em fins de maio, Trump anunciou que terminava o relacionamento entre os Estados Unidos e a OMS, que acusou de ser inapta na gestão da pandemia de covid-19.

O Presidente norte-americano alegou que a OMS não soube responder de forma eficaz ao seu apelo para introduzir alterações no seu modelo de financiamento, depois de já ter ameaçado cortar o financiamento norte-americano a esta organização das Nações Unidas, acusando-a de ser demasiado benevolente com o Governo chinês.

“Porque falharam em fazer as reformas necessárias e requeridas, terminamos o nosso relacionamento com a Organização Mundial de Saúde e iremos redirecionar os fundos para outras necessidades urgentes e globais de saúde pública que possam surgir”, disse Trump, em declarações aos jornalistas.

Antes, no início do mesmo mês, o Trump tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu ‘modus operandi’.

Nessa altura, Trump suspendeu temporariamente o financiamento à OMS, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.

O Presidente dos Estados Unidos acusou a OMS de ter feito uma gestão ineficaz de combate à pandemia de covid-19 e de ter sido conivente com o Governo chinês, alegando que Pequim reteve informação relevante sobre a propagação do novo coronavírus, que aumentou os riscos da crise sanitária global.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 538 mil mortos e infetou mais de 11,64 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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