Segundo o jornal Público, há anos, o Metro de Lisboa viu reforçada a rede de comunicação, com as antenas que estavam previstas instalar no Porto. A lacuna está identificada desde 2006, quando o SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal foi contratualizado, e é registada anualmente nos relatórios dos simulacros que a empresa organiza. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil explica que tem sido utilizada a Rede Operacional de Bombeiros (ROB).

Citado pela publicação, o SIRESP admite que estão por instalar quatro estações base no metro do Porto porque os locais para a instalação não foram disponibilizados.

Uma das antenas terá sido mesmo instalada na Estação dos Aliados, mas nunca funcionou e acabou por retirada pelo SIRESP em fevereiro de 2015. Quanto às antenas previstas para as estações de S.Bento, Campo 24 de Agosto, Salgueiros e Combatentes, essas nunca chegaram a ser colocadas, foram transferidas para o metro de Lisboa e funcionam nas estações de S. Sebastião, Aeroporto, Encarnação e Moscavide.

O Ministério da Administração Interna (MAI) referiu ao Público que a maioria do traçado do Metro do Porto é à superfície, logo, nessa parte está coberta pela rede SIRESP e justificou a inexistência de cobertura SIRESP nos troços subterrâneos por terem surgido “novos requisitos técnicos por parte do Metro do Porto que implicavam um aumento de custos do projeto”, um aumento de custo devido à “redefinição das especificações técnicas do projeto para ir ao encontro dos requisitos particulares do Metro do Porto”. Assim, refere, encontra-se em curso uma reavaliação e reajuste do processo. “Existem, no entanto, troços subterrâneos que não têm cobertura da rede SIRESP porque, no momento da sua implementação, surgiram novos requisitos técnicos por parte da Metro do Porto que implicavam um aumento de custos do projeto.”