"Os números para o mercado britânico são bastante satisfatórios, apesar do ‘Brexit’, que gerava alguma incerteza sobre os resultados. A verdade é que estamos com um crescimento do mercado britânico para Portugal muito significativo", disse hoje a secretária de Estado à agência Lusa em Londres, onde esteve reunida com operadores e representantes de companhia aéreas.
Segundo as estatísticas mais recentes, relativas ao período de janeiro a abril de 2017, houve um aumento de 9% em número de hóspedes e 13,5% do volume de receitas face ao período homólogo de 2016.
Este desempenho representa "um grande crescimento na época baixa, o que é muito interessante e que está associado ao aumento da capacidade aérea instalada para Portugal, nomeadamente no Algarve".
Além da região sul do país, Lisboa foi outro dos destinos com maior procura dos britânicos.
A secretária de Estado do Turismo esteve na capital britânica para fazer uma avaliação do comportamento do mercado com operadores, que se mostram preocupados com o potencial impacto da saída do Reino Unido da União Europeia (´Brexit’).
A informação que recebeu foi que, "neste momento, ainda não se sente abrandamento do mercado para Portugal", que continua a ser um dos principais destinos dos britânicos, apesar da desvalorização da libra face ao euro em cerca de 10% desde 2016.
Por enquanto, revelou, nota-se apenas um adiamento das decisões de reservas para mais perto da data de viagem, mas esse comportamento ainda não se refletiu numa quebra do mercado britânico.
Uma boa evolução é que o turismo britânico está a crescer mais em receita do que em número de turistas, o que significa que estão a visitar Portugal segmentos de pessoas que gastam mais nas suas visitas.
A governante soube também que existem "perspetivas bastante boas para o inverno de 2017", com previsões de crescimento que variam entre 10 a 30%, e "boas perspetivas para 2018".
É importante "acompanhar, antecipar e garantir que estamos com os operadores e companhias a desenvolver as campanhas necessárias para garantir que este crescimento continua a acontecer", afirmou Ana Mendes Godinho.
Em breve serão organizadas viagens de operadores a destinos menos consolidados, como o Alentejo, Norte, Açores e Centro interior do país, no sentido de diversificar a oferta geográfica e fora da época alta.
Vai também ser feita mais divulgação de atividades, como ciclismo e caminhadas, surf e cultura.
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