"Os números do turismo desde o início do ano mostram que a estratégia que seguimos de diversificação dos espaços de turismo está a ter bons resultados e a ter um crescimento mais forte em regiões onde tinha menos intensidade", afirmou o governante.
O ministro da Economia, que falava aos jornalistas à margem do Congresso Internacional de Turismo Religioso e Peregrinação, que decorre hoje e quinta-feira em Fátima, adiantou que o crescimento está a ser mais forte na chamada época baixa.
Segundo Caldeira Cabral, os números mostram que a subida em setembro foi maior do que em agosto, situação que já se verificou o ano passado.
"O turismo está a ser mais forte na chamada época baixa e, portanto, o crescimento do turismo está a espalhar-se mais ao longo de todo o ano, da mesma forma que também se está a espalhar mais por todo o país", sublinhou.
Trata-se, de acordo com o governante, de uma realidade "muito importante para a estabilidade do setor, para que não seja tão sazonal, com picos de emprego no verão e depois picos de desemprego no inverno, e para poder manter emprego ao longo de todo o ano".
O ministro da Economia salientou ainda o forte crescimento do turismo religioso verificado este ano, "em linha com o mercado em geral", embora tenha beneficiado da vinda do Papa Francisco ao santuário de Fátima.
Em 2016, o Santuário de Fátima acolheu cerca de seis milhões de peregrinos em celebrações, sem contar com o número de visitantes que acabam por não participar nas celebrações.
Um número que, segundo as estimativas, deverá aumentar este ano em cerca de 40%, com as dormidas a ultrapassarem um milhão, das quais 70% reservadas por estrangeiros.
O Santuário de Fátima, que este ano comemorou o centenário das aparições, registou um aumento considerável de peregrinos provenientes da Ásia, consolidando assim a sua internacionalização, disse à agência Lusa o padre Carlos Cabecinhas.
O reitor do Santuário referiu que 2017 é um ano de "crescimento incrível de peregrinos em Fátima".
"Nós já tínhamos um grupo muito significativo de peregrinos europeus e da América Latina, mas este ano a grande novidade foi a Ásia, com crescimento exponencial dos peregrinos vindos da Coreia do Sul, da Índia, da Indonésia e das Filipinas e também da China continental", salientou.
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