“Apoiamos o prosseguimento da ajuda à Ucrânia e a capacidade de a Ucrânia assegurar a dissuasão, mas não pretendemos que a NATO participe na guerra”, afirmou o chefe da diplomacia turca.

Na perspetiva de Ancara, “apoiar a Ucrânia para garantir a sua integridade territorial e libertar os seus territórios é uma coisa. Mas o envolvimento da NATO na guerra é outra” que, acrescentou Fidan, “se arrisca a conduzir a uma extensão regional [do conflito] e a crises mais importantes”.

A Turquia, o Estado-membro da NATO situado mais a leste e vizinho, na margem sul do mar Negro, dos dois países em guerra desde fevereiro de 2022, mantém contactos com as duas capitais, Moscovo e Kiev, desde o início do conflito.

Esta posição foi emitida após diversos países da NATO, incluindo os Estados Unidos, optarem por autorizar a utilização do armamento fornecido à Ucrânia para atacar alvos militares em território da Rússia.

A Ucrânia tem garantido uma substancial ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.