“Os serviços do ministério estão a acompanhar a situação”, lê-se numa resposta escrita enviada à agência Lusa na noite de sexta-feira pelo gabinete de Tiago Brandão Rodrigues.

Em causa uma escola de Canidelo, freguesia de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, para a qual está marcado um protesto que, além de estar a mobilizar os pais, conta com a solidariedade do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), que exige o aumento de assistentes operacionais.

Na sexta-feira, em declarações à agência Lusa, Vítor Pereira, dirigente da Federação das Associações de Pais de Vila Nova de Gaia (Fedapagaia) descreveu que a escola tem 32.000 metros quadrados de construção, “blocos muito grandes”, foi intervencionada pela Parque Escolar, mas “não existem os funcionários necessários”.

“Nunca teve os funcionários necessários que garantissem o completo funcionamento e há muitos funcionários de baixa. A situação torna-se ainda mais preocupante porque a escola tem alunos com Necessidades Educativas Especiais [NEE] que necessitam de apoio e acompanhamento regular”, disse o dirigente.

A Secundária Inês de Castro tem cerca de 1.300 alunos a frequentar do sétimo ao 12.º ano de escolaridade, sendo que no que diz respeito a estudantes com NEE são cerca de 50 os casos identificados, descreveu a Fedapagaia.

Já o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte apontou que vai associar-se ao “protesto pacífico” marcado para as 07:45 de segunda-feira em solidariedade com os pais e encarregados de educação e por representar trabalhadores desta escola que “estão exaustos”, disse a dirigente sindical Lurdes Ribeiro.

“Os assistentes operacionais estão solidários com esta luta, que pretende chamar a atenção para a falta de trabalhadores nas nossas escolas, e para a precariedade a que são sujeitos. Os pais e encarregados de educação denunciam ainda que esta escola, intervencionada pela Parque Escolar, existem casas de banho fechadas, blocos inteiros sem funcionários, e crescentes fenómenos de insegurança”, acrescenta uma nota do STFPSN.