Estas posições constam de uma mensagem que António Costa enviou aos 222 militares da força portuguesa que na Roménia participará numa missão de dissuasão e de defesa da NATO no contexto da guerra na Ucrânia.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que é também Comandante Supremo das Forças Armadas, estará na despedida marcada para as 06:30 de hoje, no aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa.
“Estou absolutamente certo de que mais uma vez vão prestigiar as nossas Forças Armadas e o nosso país”, declarou o líder do executivo na sua mensagem, depois de lembrar que há menos de um mês esteve em Santa Margarida a assistir a um exercício deste contingente no quadro da preparação para a missão que vão agora iniciar.
“Neste dia da vossa partida para Roménia, quero dirigir-vos uma palavra muito especial aos oficiais, aos sargentos e praças deste contingente. A invasão russa da Ucrânia constitui uma gravíssima violação do direito internacional”, realçou António Costa.
O primeiro-ministro assinalou que as imagens e as notícias que chegam “todos os dias da Ucrânia são chocantes, de uma brutalidade inaceitável, com mortos, feridos, destruição e sempre dor e marcas que irão perdurar por várias gerações”.
“Portugal tem participado, desde a primeira hora, na onda de solidariedade à escala global para com o povo ucraniano. Tem fornecido apoio material, humanitário e militar, às autoridades ucranianas e, ao mesmo tempo, tem acolhido milhares de refugiados que, fugindo da guerra, encontram segurança e esperança em Portugal”, observou.
No quadro da União Europeia “e de outros esforços da comunidade internacional”, Portugal, ainda de acordo com António Costa, “tem sido solidário com as sanções que estão a ser impostas ao regime russo”.
Neste contexto, o primeiro-ministro referiu-se então à questão da segurança.
“A agressão russa exige uma afirmação clara da força de dissuasão e defesa da NATO. Nunca é demais repetir: Qualquer eventual agressão a um país aliado da NATO é uma agressão contra todos nós. Portugal, mais uma vez, demonstra o compromisso firme para com a Aliança Atlântica e, em particular, para com os seus aliados na região”, salientou o primeiro-ministro.
Para António Costa, desta forma, “é com sentido de dever” que Portugal assume esta missão na Roménia.
“Aos militares portugueses do contingente nacional que parte hoje para a Roménia, quero desejar as maiores felicidades e votos de sucesso no cumprimento desta importante missão.”, acrescentou.
O contingente parte para a Roménia – país fronteiriço com a Ucrânia - ao abrigo da missão 'Tailored Forward Presence' da NATO que visa contribuir "para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste".
O plano das Forças Nacionais Destacadas para 2022 já previa o envio para a Roménia de um contingente de militares no segundo semestre do ano, tal como aconteceu em 2021, contudo, este calendário foi antecipado, numa altura de conflito entre a Ucrânia e a Rússia.
No passado dia 08, no Regimento de Infantaria (RI) 14, em Viseu, o chefe do Estado-Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca, realçou o “reduzido tempo” em que foi aprontada a primeira força nacional destacada para a Roménia.
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