Na sua tradicional oração dominical do Angelus, na praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco perguntou: “É possível que uma pessoa consiga amar os seus próprios inimigos?”.
"Com o Espírito de Jesus podemos responder ao mal com o bem, podemos amar a quem nos faz mal. É assim que fazem os cristãos. Que triste é quando pessoas e povos orgulhosos de serem cristãos veem os outros como inimigos e pensam em fazer guerra", disse o chefe da Igreja católica.
O Papa afirmou ainda que “dar a outra face não é a resposta do perdedor, mas sim a ação de quem tem maior força interior, que vence o mal com o bem, que abre uma brecha no coração do inimigo, desmascarando o absurdo do seu ódio”.
"Finalmente oremos por essa pessoa: rezar por quem nos tratou mal é a primeira coisa para transformar o mal em bem”, acrescentou.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.
Entretanto, aumentaram nos últimos dias os confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, onde a guerra entre estas duas facções se prolonga desde 2014.
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