A fim de preparar a época de incêndios florestais deste verão, o executivo comunitário apresentou hoje a primeira frota de meios aéreos no âmbito da nova iniciativa “rescEU” que, até ao momento, conta com sete aviões e seis helicópteros de combate a incêndios para o período inicial de transição.

“Acredito que, com esta capacidade transitória, podemos lidar com todos os fogos que ocorrerem na União Europeia, mesmo simultaneamente. Os nossos especialistas acreditam que estes meios são suficientes”, sublinhou o comissário responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.

Em conferência de imprensa em Bruxelas, Christos Stylianides indicou que a Comissão Europeia está a trabalhar com os países da União Europeia (UE) para acrescentar nas próximas semanas meios adicionais aos já disponibilizados por Croácia, Itália e Espanha (os três Estados-membros cederam dois aviões cada), França (um avião) e Suécia (seis helicópteros).

Além da criação da frota de transição do novo Mecanismo Europeu de Proteção Civil, a Comissão Europeia está a reforçar as suas capacidades de acompanhamento e coordenação para preparar a época de incêndios florestais.

Durante o verão, o Centro de Coordenação de Resposta de Emergência (CCRE) 24/7 da UE será reforçado com uma equipa de apoio aos incêndios florestais, com a participação de peritos dos Estados-Membros, e organizará videoconferências regulares com os Estados-Membros, de modo a partilhar informações sobre o risco de incêndio em toda a Europa.

Conhecido como “rescEU”, o novo Mecanismo Europeu de Proteção Civil prevê a criação de uma reserva de ativos a nível europeu para responder a catástrofes, incluindo aviões de combate aos incêndios florestais, bombas de água especiais, equipas de busca e salvamento em meio urbano, hospitais de campanha e equipas médicas de emergência.

Estes meios irão complementar os recursos nacionais e serão geridos a nível da UE.

No “rescEU” estão ainda previstas ajudas aos Estados-Membros para reforçarem as respetivas capacidades nacionais, financiando a adaptação, a reparação, o transporte e os custos operacionais dos recursos, para fazer face a desastres naturais da UE.

A iniciativa de reforçar a proteção civil da UE foi apresentada pela Comissão Europeia em 23 de novembro de 2017, na sequência dos incêndios florestais desse ano no sul da Europa, e em particular em Portugal, onde morreram mais de 100 pessoas, para fazer face a catástrofes naturais cada vez mais complexas e frequentes.