Após ter visitado a exposição "O amigo oceanógrafo – Alberto I do Mónaco e Portugal (1873-1920)", no Museu de Marinha, em Lisboa, com o príncipe Alberto II do Mónaco, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu a algumas perguntas dos jornalistas.
O chefe de Estado não quis, contudo, comentar o apoio que o primeiro-ministro, António Costa, lhe deu a propósito das suas declarações sobre o número de queixas de abusos sexuais na Igreja Católica Portuguesa: "Sobre essa matéria, o que tinha a dizer disse ontem [quinta-feira]. Está dito, está dito".
Marcelo Rebelo de Sousa assegurou, no entanto, que depois dessa polémica não se irá fechar no Palácio de Belém: "Nunca me fecho no palácio. Eu, por natureza, acho que a função do Presidente da República é a de estar junto dos portugueses, o que significa estar sempre que possa e o mais que possa junto daquilo que sejam iniciativas económicas, sociais".
O Presidente da República afirmou que irá "continuar na mesma linha" e lembrou a mensagem que enviou na quarta-feira de manhã ao parlamento propondo a revisão da legislação em vigor sobre incompatibilidades e impedimentos de titulares de cargos políticos.
"Vou acompanhando com toda a atenção toda a legislação que vá saindo do Governo e da Assembleia da República. E vou continuar esse caminho, é o meu estilo, é a minha maneira de ser, é o estilo da minha presidência", prometeu.
Dirigindo-se aos jornalistas, acrescentou: "Vamos continuar assim, beneficiando da vossa atenção e do vosso juízo crítico e, ao mesmo tempo, sempre estando muito próximo dos portugueses".
Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para insistir no pedido de revisão da legislação sobre incompatibilidades no sentido de "reunir leis que são muitas desde 1983, são muitas, muitas, muitas, e muito emaranhadas entre si, para haver uma legislação clara sobre uma matéria tão importante".
Segundo o chefe de Estado, "é preciso que seja ponderado, porque corresponde a uma preocupação de direito, que é a clareza do direito, como diz a Procuradoria-Geral da República (PGR), e por outro a uma preocupação política, que é a clareza de direito ser uma clareza política".
"Fica à reflexão do parlamento", disse.
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