Várias centenas de pessoas juntaram-se hoje na Praça dos Poveiros, no Porto, para "lutar contra o fascismo" e em solidariedade com a comunidade imigrante, ao mesmo tempo que em Lisboa outras centenas se manifestavam contra a a guerra em Gaza.

O que aconteceu na capital?

Cerca de meio milhar de pessoas concentraram-se hoje junto da embaixada de Israel, em Lisboa, para condenar a guerra na Faixa de Gaza, que se iniciou há seis meses.

Os manifestantes, que caminharam depois até à Assembleia da República, empunham cartazes escritos à mão com a pergunta “Que tipo de Deus iria querer Israel” e faixas referindo “Parar a Guerra, dar uma oportunidade à paz” ou “Não à Guerra, Não ao massacre”.

A marcha iniciou-se pouco depois das 15h30 com gritos de ordem como “paz sim, guerra não” , e “Libertar a Palestina, acabar com a chacina”, por meio de bandeiras palestinianas e de várias outras dos cerca 15 organizadores da marcha.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

E no Porto?

Várias centenas de pessoas juntaram-se hoje na Praça dos Poveiros, no Porto, para "lutar contra o fascismo" e em solidariedade com a comunidade imigrante.

Entoando palavras de ordem como “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais” e “Fascistas chegou a vossa hora, os imigrantes ficam e vocês vão embora”, cerca de 500 pessoas responderam ao apelo das associações e juntaram-se na Praça dos Poveiros para “lutar contra o fascismo, racismo e xenofobia”.

A poucas horas de, a cerca de 500 metros, se iniciar na Praça D. João I uma manifestação organizada pelo grupo de extrema-direita 1143, os manifestantes muniram-se de cravos vermelhos e uniram-se em cânticos.

“Trabalhadores unidos contra a exploração”, “Racismo não é piada” e “Racistas e Fascistas fora daqui” referiam alguns dos cartazes exibidos pelos manifestantes.

Até ao momento, não foram registados incidentes, confirmaram à Lusa os agentes da PSP no local.

Haverá mais manifestações?

Sim. Uma nova ação em Lisboa contra a guerra em Gaza foi hoje anunciada para 11 de maio, quando se assinalam dois anos da morte da jornalista Shirren Abu Akleh e a “quatro dias do Nakba, a catástrofe”, segundo a organização.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Almeida, do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz do Médio Oriente (MPPM), informou que a ação de maio será organizada pelas mesmas quatro entidades promotoras da marcha de hoje em Lisboa, que se prolongou por mais de duas horas e “juntou vários milhares” de pessoas.