“Esperamos que o direito a manifestar-se pacificamente e de liberdade de expressão no Irão sejam garantidos depois das últimas declarações públicas do Presidente [iraniano] Rohani”, disse à Efe uma porta-voz de Federica Mogherini, chefe da diplomacia da União Europeia.
Rohani pediu calma e restringiu a atividade nas redes sociais para tentar conter protestos, numa altura em que foram detidas 300 pessoas.
A porta-voz afirmou que os serviços liderados por Federica Mogherini estão a acompanhar “as manifestações de cidadãos iranianos nos últimos dias” e que estão “em contacto com as autoridades” do Irão.
“Continuaremos a acompanhar os acontecimentos”, acrescentou.
Hasan Rohani afirmou hoje que os inimigos do Irão incitaram certos grupos a promover incidentes porque não toleram os “êxitos” que Teerão obteve no acordo nuclear assinado em julho de 2015 com seis potências internacionais, bem como as medidas contra o terrorismo na região.
O presidente iraniano reiterou o direito do povo de criticar e protestar, mas afirmou que é preciso “eleger a maneira e a via legal para expressar-se”.
Estas são as maiores manifestações antigovernamentais no Irão desde 2009, quando a oposição “movimento verde” organizou vários dias de protesto contra a reeleição do então presidente Ahmadinejad, tendo sido duramente reprimidos.
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