A decisão foi tomada no fim do primeiro dia de um encontro onde os governantes pediram para não acontecerem ações nacionais unilaterais, numa crítica velada à Áustria.
"Temos a intenção de organizar uma cimeira especial com a Turquia no início de março", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. "Antes desta reunião, alguns duvidavam da necessidade de resolver o problema da crise dos refugiados ao lado da Turquia", declarou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. "Mas não há alternativa", completou, antes de destacar a necessidade de ter uma "boa, inteligente e sábia cooperação com a Turquia".
A grande maioria dos que esperam obter asilo na UE chegam às ilhas gregas a partir da Turquia, que se tornou, em 2015, o principal país de passagem dos migrantes.
Também na quinta-feira, a Comissão Europeia classificou de incompatível com o direito europeu e internacional o plano da Áustria de limitar a 80 os pedidos diários de asilo dos refugiados. "Tal política seria totalmente incompatível com as obrigações da Áustria sob a lei europeia e internacional", escreveu, numa carta dirigida a Viena, o comissário europeu de Migração, Dimitris Avramopoulos. Na véspera, a Áustria anunciou que vai limitar os pedidos de asilo a 80 por dia a partir desta sexta-feira, segundo a ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner.
A Áustria, que não quer superar o teto de 37500 novas solicitações de asilo, em 2016, depois de ter recebido 90 mil pedidos, em 2015, também vai limitar a 3200, por dia, o número de migrantes que vão poder transitar pelo país para pedir asilo num país vizinho.
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