Edouard Beigbeder, que percorreu algumas das principais cidades da Síria nos últimos dias, sublinhou que qualquer “transição política credível e inclusiva” deve incluir os direitos de 10 milhões de crianças entre as suas prioridades.

“Ao viajar pela Síria, vi que a magnitude das necessidades da população é esmagadora”, resumiu numa mensagem em que lançou um apelo a favor de “um plano de proteção de grande escala” a criar em conjunto pelas novas autoridades e pela comunidade internacional.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) considera que a queda do regime do ex-Presidente Bashar al-Assad dá à Síria um “futuro de esperança” e “de oportunidades” a milhões de crianças que “não conheceram nada além do conflito desencadeado há quase 14 anos”, mas, alertou o diretor, ficam “imensos desafios” por enfrentar.

A retoma dos serviços essenciais, incluindo a educação, o respeito pelo Direito Internacional em todas as circunstâncias, são algumas das exigências que a UNICEF apresentou no âmbito do fim da guerra.

“A paz deve prevalecer para as crianças da Síria”, enfatizou Edouard Beigbeder.

A agência das Nações Unidas, que, este ano, ajudou 4,6 milhões de pessoas na Síria, destacou 185 equipas médicas móveis após a última ofensiva rebelde, criou 12 escolas pré-fabricadas e garantiu o acesso a água potável a mais de três milhões de pessoas, referiu, admitindo esperar que, com estas medidas, o país possa “começar a avançar para uma paz duradoura”.

“Espero sinceramente que estes esforços se concretizem e que 2025 seja finalmente um ano de paz para as crianças da Síria”, concluiu.