A líder do DUP, Arlene Foster, em comunicado, manifesta reservas em relação ao acordo, a poucas horas do Conselho Europeu que vai realizar-se em Bruxelas.

Boris Johnson esperava concluir as negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, mas os unionistas, que compõem a coligação governamental conservadora britânica, não concordam com a proposta sobre a fronteira que separa a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte.

A fronteira é o assunto mais complicado das negociações sobre o Brexit porque o estabelecimento de uma infraestrutura aduaneira pode prejudicar o processo de paz na província.

O governo de Boris Johnson, que não tem maioria parlamentar, necessita do apoio do DUP para alcançar qualquer acordo sobre a saída do país da UE que tem de ser aprovado pelo Parlamento, em Londres.

“Participamos nas conversações com o governo. Tal como estão as coisas não podemos aceitar o que está a ser sugerido sobre questões aduaneiras e outros assuntos relacionados até porque a questão da aplicação do IVA não é clara”, refere a nota do Partido Unionista.

Mesmo assim, o comunicado assinado por Foster e pelo “número dois” dos unionistas, Nigel Dodds, assinala que “vão continuar a trabalhar com o governo na tentativa de alcançarem um acordo sensato que funcione para a Irlanda do Norte e possa proteger a integridade económica e constitucional do Reino Unido”.

Nos últimos dias, Johnson manteve negociações com Foster para conseguir uma forma de superar os pontos mais difíceis, mas não se conhecem os detalhes da negociação.

De acordo com a imprensa britânica, o primeiro-ministro Boris Johnson propões que o Reino Unido saia da união aduaneira, mas que a Irlanda do Norte mantenha alinhadas as normas alfandegárias com a União Europeia em determinados setores, tal como a agricultura.

A proposta, alegadamente, prevê também que os nacionalistas e unionistas da Irlanda do Norte possam rever os acordos fronteiriços de quatro em quatro anos.

O primeiro ministro da República da Irlanda, Leo Varadkar, e outros líderes europeus mostraram-se otimistas, na quarta-feira, sobre o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia.

Boris Johnson disse que prefere “ser encontrado morto num buraco” do que pedir um adiamento do Brexit mas, na verdade, pode ver-se na obrigação de pedir uma nova data se não conseguir um pacto até ao próximo sábado.

Sábado é o prazo dado, por lei, para o primeiro-ministro, Boris Johnson, escrever uma carta à UE a pedir um adiamento por mais três meses, até 31 de janeiro, se não for alcançado um acordo nem autorizada uma saída sem acordo.

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