Os estudantes oriundos de diferentes países representam 20% dos alunos inscritos na instituição, informou em comunicado o serviço de assessoria da UC, que atualmente acolhe cerca de 25 mil estudantes.
“Segundo as propostas de orçamento apresentadas pelas universidades públicas portuguesas, metade dos cerca de 13,5 milhões de euros que esperam receber em 2019 em propinas de estudantes internacionais deve-se à Universidade de Coimbra”, adianta.
Para a mais antiga universidade portuguesa, fundada pelo rei D. Dinis, em 1290, “estes números comprovam o crescimento sustentado e a liderança nacional da UC na capacidade de atração de alunos estrangeiros”.
“Esta posição de liderança é fruto de um intenso trabalho de internacionalização. Em 2014, menos de um mês depois da entrada em vigor do Estatuto de Estudante Internacional (Decreto-Lei 36/2014, de 10 de março) já a UC estava a publicar em Diário da República o regulamento respetivo”, enfatiza.
Desde essa altura que o estabelecimento “se tem mantido na vanguarda dos esforços de atração de estudantes de paragens distantes”, sendo “a única universidade portuguesa” que tem tido “presença contínua nas principais feiras especializadas em estudos superiores organizadas no Brasil e na China, dois dos países a que se dirige com especial enfoque”, promovendo ainda “inúmeras outras iniciativas de divulgação, atração e acolhimento”.
“Esta posição de grande destaque é ainda mais notável porque a Universidade de Coimbra consegue atrair o maior número de estudantes internacionais, apesar de cumprir estritamente a lei”, segundo o reitor, João Gabriel Silva, citado na nota.
O reitor refere que, “ao contrário de outras universidades portuguesas, que tentam atrair os estudantes internacionais com propinas abaixo do custo real, a UC tem mantido as propinas ao nível do custo real”.
“Como o Estado português não financia os estudantes internacionais, as propinas têm de cobrir integralmente os respetivos custos, ao contrário dos portugueses em que as propinas só cobrem cerca de um sexto dos custos do ensino”, explica.
Para João Gabriel Silva, “compreende-se que quem trabalha abaixo do preço de custo não consiga nem promover devidamente a oferta da sua universidade, nem receber os estudantes com o nível desejado, acabando por os afastar porque estes procuram essencialmente qualidade”.
“Esta atratividade permitiu que o número total de estudantes inscritos em cursos da UC tenha aumentado no último ano letivo, apesar da tendência decrescente de estudantes portugueses que, por razões demográficas, se mantém de há muitos anos a esta parte”, sublinha a nota.
A instituição pretende “conservar a liderança nacional e o estatuto de universidade cada vez mais global”.
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