“Estamos a dirigir uma parte da nossa formação, investigação e inovação para o setor da aeronáutica para podermos garantir que damos às empresas que se estão a fixar” na região, nomeadamente em Évora, “um contributo em termos de conhecimento”, disse a reitora da UÉ, Ana Costa Freitas.
O contrato que permite a criação da “Cátedra CEiiA em Aeroespacial” vai ser assinado esta sexta-feira, às 15:00, no Polo da Mitra da UÉ, envolvendo a academia, o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA) e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
A reitora da universidade alentejana explicou à agência Lusa que este contrato formaliza “o financiamento da cátedra”, seguindo-se a abertura de um concurso internacional para selecionar o investigador que vai ser o titular da cátedra.
“O concurso deve estar aberto dentro de um mês e, depois, vão decorrer as candidaturas e a seleção do investigador que vai dinamizar a investigação nas áreas relacionadas com o contrato”, referiu a reitora, afirmando que a cátedra deverá estar pronta a funcionar “no início do próximo ano letivo”.
Os objetivos da cátedra passam pela investigação e pelo desenvolvimento de materiais e sistemas inovadores para a indústria aeronáutica, robotização e automação, assim como pela certificação de processos e integração de sistemas, indicou a UÉ.
O plano de ação para a cátedra prevê a criação de uma dinâmica de investigação relevante naquelas áreas, com visibilidade e impacto no plano nacional e internacional, bem como a implementação de processos de inovação e de valorização do conhecimento gerado, com transferência para a indústria, através da criação de patentes e de produtos de elevado valor.
Segundo Ana Costa Freitas, a UÉ “deve acompanhar e tem de contribuir para o desenvolvimento da região” e, além de integrar o protocolo para desenvolver o “cluster” aeronáutico no Alentejo, assinado em Beja, na semana passada, a fixação de empresas nesta área em Évora tem vindo a aumentar.
“Estamos a ver crescer o setor da aeronáutica em Évora e temos tido contactos cada vez mais intensos com as empresas, como a Embraer e a Mecachrome”, afirmou.
Por isso, a UÉ tem de “intensificar a investigação nesta área” para poder dar “a inovação e o conhecimento que cria” às empresas, para que estas possam dar “aplicação direta” a essa investigação.
Além da cooperação com o tecido empresarial e com a indústria, através da cátedra, a Universidade de Évora tem também “na calha” uma nova pós-graduação em aeronáutica, que deverá “abrir no próximo ano letivo”, e pretende introduzir uma especialização nessa mesma área no curso de engenharia mecatrónica que ministra.
“Queremos fazer investigação em ligação com as empresas aeronáuticas” e, ao mesmo tempo, como estas “têm necessidade de emprego qualificado, estamos a apostar em fazer a qualificação das pessoas para o emprego neste setor”, frisou.
O contrato para a criação da cátedra vai ser assinado no âmbito do Seminário “Challenges for Mediterranean Research: Food, Resources and Territories”, que decorre no Polo da Mitra, na sexta-feira.
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