A Universidade de Lisboa (UL) lançou um projeto para ampliar a oferta de residências para alunos a estudar longe de casa. De acordo com o Expresso, a obra arranca em julho e vai acrescentar 819 camas à oferta já existente, formando assim, na capital, a maior residência universitária do país.
A obra, adjudicada ao ateliê Saraiva e Associados, prevê um investimento a rondar os 40 milhões de euros para a construção de três edifícios, de cinco e seis andares, um parque de estacionamento no subsolo com capacidade para 500 automóveis, áreas comerciais e uma praça central, com quase cinco mil metros quadrados.
A residência vai ser erguida no terreno entre a Biblioteca Nacional e as Faculdades de Psicologia e de Medicina Dentária da UL e o ISCTE. Um dos edifícios deverá estar pronto em 2023 e os outros dois entre 2025 e 2026.
De acordo com os arquitetos Miguel Saraiva e Alexandre Marques Pereira, o objetivo é recriar o conceito de “campus universitário, alterando a relação entre os alunos e as diferentes faculdades”, dando, ao mesmo tempo, vida a uma zona da cidade que fica vazia à noite.
Atualmente, há cerca de 110 mil estudantes a estudar longe de casa e apenas 15 mil camas. Por isso, arrendar uma casa ou um quarto para um aluno deslocado pode ser uma tarefa difícil e cara, sobretudo em Lisboa, cidade à mercê da especulação imobiliária nos últimos anos devido ao boom turístico, e que tem apenas 1200 quartos em residências afetas à UL.
“É nossa missão criar condições para receber os nossos estudantes. Só na UL, entre os 50 mil alunos, temos três mil bolseiros que vêm de concelhos que não são limítrofes de Lisboa e que não têm condições para pagar €500 de alojamento”, explica o reitor da UL, António Cruz Serra.
Segundo reitor, foi o processo de fusão entre as Universidades Técnica e de Lisboa que permitiu poupanças suficientes para financiar um projeto como este, sublinhando que “ter uma reitoria em vez de duas permite-nos poupar seis milhões todos os anos”.
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