Devido à falta de obstetras, estava previsto o encerramento do serviço de urgência durante o dia de sábado, mas o CHUC conseguiu assegurar as condições para o seu funcionamento, noticiou já hoje o diário As Beiras.
A falta de especialistas, somado a uma médica que ficou de baixa, levou a que tivesse sido anunciado o fecho da urgência da Maternidade Bissaya Barreto no período noturno de segunda-feira, o que acabou por não se verificar.
Na sexta-feira, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) revelou que existe uma “preocupante falta de obstetras na zona Centro do país, claramente insuficientes para dar resposta adequada às necessidades dos cidadãos”.
Além da falta de recursos humanos, a SRCOM denuncia também a incorreta dotação de obstetras das duas maternidades de Coimbra.
“As respetivas unidades estão a funcionar muitas vezes no limite, bastando haver uma baixa de um médico para colocar em causa todo o funcionamento do serviço”, referia um comunicado.
Citado na nota, o presidente da secção, Carlos Cortes, considerava que “as graves carências de obstetras são inaceitáveis”, porque ano após ano existe uma “total desconsideração na atribuição de vagas para obstetrícia com consequências inevitáveis no bom funcionamento dos serviços”.
O secretariado regional do Centro do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) exigiu na segunda-feira que o Governo resolva com a “máxima urgência” a falta de obstetras nas maternidades de Coimbra.
“A não atribuição de vagas suficientes de obstetras tem consequências inevitáveis para o funcionamento eficaz e eficiente do serviço e irá causar prejuízos às grávidas da região Centro”, referiu a estrutura sindical, em comunicado enviado à agência Lusa.
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