Segundo a fonte do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere o hospital de Beja, conseguiu-se "escalar o segundo especialista" e, por isso, "fica sem efeito" o fecho temporário do serviço entre as 18:00 de hoje e as 08:00 de sábado, como tinha sido anteriormente anunciado.
De acordo com informações prestadas anteriormente à Lusa pelo conselho de administração, o fecho do serviço naquele período estava previsto porque não tinha sido possível garantir a presença de um segundo médico especialista necessário na escala.
Devido a dificuldades em garantir a presença de um segundo médico especialista na escala, o conselho de administração já se viu "na indesejada contingência" de ter de fechar temporariamente o serviço por quatro vezes este ano.
Quando o serviço fecha, "não há atendimento na especialidade a utentes provenientes do exterior", as quais são "encaminhadas para as unidades de saúde mais próximas", nomeadamente para os hospitais públicos de Évora, Faro ou Setúbal.
No entanto, mantém-se "garantido" o atendimento a situações emergentes pela equipa multidisciplinar do Serviço de Urgência do hospital e a urgência interna e os cuidados das puérperas internadas.
A administração da ULSBA referiu que, em todas as situações de fecho temporário do serviço já ocorridas, "foram encetados todos os esforços e esgotados todos os recursos no sentido de se conseguir escalar o segundo especialista para completar a escala da urgência da especialidade, garantindo, no entanto, a urgência interna e os cuidados às utentes internadas".
Os esforços têm sido "em vão", porque, "perante a necessidade de se recorrer a um médico em contrato de prestação de serviços", a ULSBA está "dependente da sua disponibilidade" e, "quando ela não existe, e após sucessivos nãos, só resta encaminhar as utentes para as unidades de saúde mais próximas", explicou.
"Mesmo na condição de existência de um médico obstetra" no Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia, "as situações emergentes foram, e serão sempre, objeto de atendimento pela equipa multidisciplinar que constitui o Serviço de Urgência" do hospital, frisou.
A administração lembrou que os concursos abertos nos últimos 10 anos para contratar médicos da especialidade de Ginecologia/Obstetrícia para a ULSBA têm ficado "desertos" e os clínicos internos formados no hospital de Beja "infelizmente" não ficam após terminarem a formação.
[Notícia atualizada às 16h55]
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