Estes profissionais iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado, que segundo o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica regista uma adesão superior a 80%.
Em declarações aos jornalistas no início do protesto, o presidente do sindicato, Almerindo Rego, mostrou-se esperançoso de que ainda hoje possa ser encontrada uma solução com o Ministério da Saúde.
A concentração junto ao Ministério da Saúde começou cerca das 15:00, com várias dezenas de profissionais a manifestarem-se de forma ruidosa, empunhando cartazes a pedir “justiça na saúde já” ou “carreira digna, sim”.
A deputada do PCP Carla Cruz juntou-se aos profissionais em protesto, manifestando a solidariedade do partido com uma causa que considera justa e que se prolonga há vários anos.
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram hoje uma greve por tempo indeterminado, contra a desatualização da carreira e o impasse das negociações com o Ministério da Saúde.
Almerindo Rego considera que o Governo tem todas as condições para terminar hoje mesmo com a greve decretada por estes profissionais, fazendo publicar de imediato o estatuto de carreira e aplicando os referenciais salariais já legislados.
O sindicato diz aceitar que as questões salariais produzam efeito só a partir de janeiro de 2018.
Os profissionais protestam contra a desatualização da carreira, “sendo atualmente o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação”, e dizem que o Ministério da Saúde quer recomeçar do início um processo de revisão de carreira que começou em 2014.
A área de trabalho abrange 22 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.
A greve foi anunciada no início do mês, quando o sindicato avisou que só a suspenderia com a conclusão do processo negocial com o Governo.
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