Vasco Cordeiro, que se encontra numa visita de trabalho de dois dias à ilha Terceira, que termina hoje, considerou, falando aos jornalistas, que se está perante um “excelente indicador” da estratégia que o seu executivo tem seguido nesta matéria com o apoio do Governo da República.

Catorze consórcios internacionais, quatro deles liderados pelas empresas aeroespaciais Ariane, AVIO e Virgin e pela agência espacial russa Roscosmos, manifestaram interesse na construção de uma base para lançamento de microssatélites nos Açores, a partir de 2021.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior seis dias depois de ter terminado o prazo para empresas e entidades submeterem propostas no âmbito de um concurso público internacional aberto em setembro.

Para Vasco Cordeiro, o número de concorrentes conhecidos e sua diversidade constitui um aspeto “particularmente relevante que confirma o acerto do Governo Regional de, a partir de um conjunto de infraestruturas já existentes, dar o passo seguinte”, também considerado relevante para o desenvolvimento dos Açores.

O líder do Governo Regional salvaguardou que há outros interesses a ter em consideração neste dossier, apesar do seu significado em termos de riqueza e criação de emprego qualificado, como é o caso da segurança e salvaguarda ambiental para a ilha de Santa Maria.

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tratou-se de um concurso de ideias que visou aferir o interesse do mercado aeroespacial pela construção e operacionalização de um porto espacial na ilha de Santa Maria, antes de Portugal avançar com um "concurso realista" para a concretização do projeto.

Manuel Heitor assinalou à Lusa que a instalação e o funcionamento do porto espacial, destinado ao lançamento de pequenos satélites para observação da Terra, implicará, acima de tudo, um investimento privado, sendo que o investimento público, estimado em seis milhões de euros, será para a melhoria de infraestruturas locais.