A maré chegou hoje aos 1,50 metros, longe do pico de 1,87 metros de terça-feira, que deixou Veneza inundada desde então.

“A água parou de subir”, congratulou-se o presidente da câmara de Veneza na rede social Twitter. “Pico de 150 centímetros … Os venezianos só ficam de joelhos para rezar”, adiantou Luigi Brugnaro.

As previsões meteorológicas são de marés até aos 110 centímetros nos próximos dias, o que deve permitir à cidade lacustre avaliar os prejuízos, que Brugnaro já estimou em “centenas de milhões” de euros.

A emblemática praça de São Marcos reabriu ao final do dia.

Mais ao sul, outras duas cidades italianas com importante património, Florença e Pisa, foram colocadas em estado de alerta devido à ameaça das águas.

O presidente da região da Toscânia, Enrico Rossi, alertou no Twitter para o risco de o rio Arno (que passa por Florença e Pisa) transbordar e indicou que tinham sido instalados pontões nas margens em Pisa “como medida de precaução”.

A proteção civil italiana aconselhou às pessoas que não se aproximem das margens do rio.

Desde terça-feira, mais de 50 igrejas ficaram danificadas em Veneza, entre as quais a Basílica de São Marcos, assim como lojas e habitações. Os hotéis lamentaram cancelamentos para as celebrações do final do ano.

Com 50.000 habitantes, Veneza recebe 36 milhões de turistas anualmente, 90% dos quais estrangeiros.

Brugnaro anunciou na sexta-feira a abertura de uma conta bancária para todos que, em Itália e no estrangeiro, desejem contribuir para as reparações.

“Veneza, um lugar único, é o legado de todos. Graças à vossa ajuda, Veneza brilhará novamente”, indicou num comunicado.

Na quinta-feira, o governo italiano declarou o estado de emergência em Veneza e anunciou ter desbloqueado 20 milhões de euros “para as intervenções mais urgentes”.

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