"Rejeitamos a decisão (...) tomada pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro. Continuamos a chamar a comunidade internacional para impedir a tirania em nosso país irmão", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia numa publicação na rede social Twitter.

Por seu lado, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai publicou outra mensagem na mesma rede social na qual "lamenta a decisão do regime ilegal de Maduro de expulsar o representante da UE na Venezuela" e que deve deixar o país sul-americano nas próximas 72 horas.

O Governo de Mario Abdo Benítez, além disso, "insta a comunidade internacional a continuar a trabalhar pela cessação da tirania e a promover o regresso da democracia" na Venezuela.

Por outro lado, o Governo da Bolívia emitiu uma breve declaração também para condenar a expulsão de Brilhante.

"O Governo da Bolívia condena a expulsão (...). E também reafirma seu apoio à União Europeia nos múltiplos esforços que está a fazer para alcançar uma solução pacífica e democrática para a crise na Venezuela", pode ler-se na nota oficial.

Já o político Júlio Borges, representante do líder opositor venezuelano Juan Guaidó perante o Grupo de Lima, condenou “a injusta expulsão".

“Este é um novo atropelo da ditadura que reflete o seu desconforto perante as questões levantadas pelas democracias do mundo. Nicolás Maduro isolou a Venezuela dos nossos vizinhos e principais sócios, mas a pressão internacional continuará até alcançarmos a mudança que todo o país espera”, afirmou no Twitter.

Também o líder opositor e ex-candidato presidencial, Henrique Capriles Radonski, expressou a sua “solidariedade com a embaixadora”.

“Rejeitamos a expulsão. Solidário com a embaixadora, uma pessoa que sempre promoveu uma solução política e pacífica para os venezuelanos”, escreveu no Twitter.

Para o deputado Tomás Guanipa “estas ações de Nicolás Maduro reafirmam o seu caráter autoritário e a sua negação a encontrar uma saída à crise" na Venezuela.

Segundo o deputado Carlos Valero, a expulsão é uma decisão “absolutamente irresponsável”.

“A UE tem insistido incansavelmente na necessidade de procurar ajuda humanitária em meio da pandemia (da covid-19), inclusive organizando uma conferência de doadores. Maduro isola ainda mais o país sem pensar no sofrimento do nosso povo”, afirmou.

Também a deputada Sandra Flores-Garzón manifestou-se “solidária” com a portuguesa, “perante esta investida do regime”.

“Embaixadora, a Venezuela é a sua casa. Agradecemos o seu compromisso e o da UE com a restauração da democracia no meu país”, escreveu.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expulsou na segunda-feira a embaixadora da UE no país, horas depois de a União Europeia sancionar 11 funcionários de Caracas.

Maduro começou por explicar que a UE divulgou uma resolução “em que a supremacista UE sanciona aqueles venezuelanos que, formando parte de instituições do Estado, defendem a Constituição”.

“Setenta e duas horas para que a embaixadora da União Europeia abandone o país. Já basta de intervencionismo colonialista, de ‘supremacismo’ e de racismo! Já basta!”, enfatizou.

A UE sancionou 11 funcionários do Governo do Presidente Nicolás Maduro e de vários poderes públicos venezuelanos.

Os sancionados são acusados de “atuar contra o funcionamento democrático da Assembleia Nacional (parlamento) e de violar a imunidade parlamentar” dos deputados, inclusive do líder opositor e presidente daquele órgão, Juan Guaidó.

Entre 2008 e 2011, Isabel Brilhante Pedrosa, desempenhou as funções de cônsul-geral de Portugal em Caracas, período que coincidiu com o forte impulso político e económico das relações bilaterais, promovido pelos à data Presidente e líder da revolução bolivariana, Hugo Chávez (1954-2013), e primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates.

A Venezuela tem, desde janeiro, dois parlamentos (Assembleia Nacional) parcialmente reconhecidos, um de maioria opositora, liderado por Juan Guaidó, e um pró-regime, liderado por Luís Parra.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino do país, até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres. Guaidó conta com o apoio de quase 60 países.

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