“O Governo da República Bolivariana da Venezuela torna público que, depois de aproximadamente 12 anos de operações, e devido a uma falha, o satélite Simón Bolívar não vai prestar serviços de telecomunicações”, explica o documento divulgado em Caracas.
O comunicado sublinha que “o Ministério do Poder Popular para a Ciência e Tecnologia encontra-se a trabalhar na ativação dos serviços prioritários para o povo venezuelano”.
Entretanto a imprensa venezuelana dá conta de que o satélite Simón Bolívar (Venesat-1) “está preso numa órbita elíptica sobre o arco geoestacionário o que lhe impossibilita prestar os serviços” para os quais foi fabricado.
Entretanto as estações públicas e privadas de televisão passaram a enviar os seus sinais para um ‘transponder’ do satélite Intelsat 14 em 45.0º W tendo retomado as emissões que durante vários dias estiveram fora do ar em sinal aberto e ’Free to Air’ (FTA).
O satélite Simón Bolívar, também chamado Venesat-1, foi o primeiro de três satélites venezuelanos lançados ao espaço.
Fabricado pela China e lançado ao espaço a 29 de outubro de 2008 o satélite Simón Bolívar (Venesat-1) posicionou-se a 78.0º W e entrou em funcionamento em janeiro de 2009 e desviou-se 30 graus da sua órbita original, a 13 de março último.
A previsão era de que prestaria serviço até 2024 e a sua construção e colocação em órbita teve um custo de 241 milhões de dólares norte-americanos (219,3 milhões de euros). A Venezuela investiu ainda outros 165 milhões de dólares (150,2 milhões de euros) na construção de duas estações terrestres de controlo de satélite.
O segundo satélite venezuelano, chamado de Miranda, também conhecido como VRSS-1, foi lançado no espaço em 2012, com fins geográficos, para captar imagens de alta resolução do território venezuelano.
A Venezuela possui também o satélite António José de Sucre, também chamado de VRSS-2, e foi lançado em outubro de 2017, com os mesmos fins que o Miranda.
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