“É inadmissível que a VMER da Guarda fique parada sem médico. O socorro não pode ficar inoperacional”, denunciou a SRCOM em comunicado enviado hoje à agência Lusa.
Citado na nota, o presidente daquele organismo, Carlos Cortes, afirma que “é intolerável que a VMER da Guarda esteja hoje inoperacional das 08:00 às 20:00”.
De acordo com a USL da Guarda, a VMER esteve sem funcionar até pouco depois das 17:00, mas já está operacional.
“As consequências podem ser graves já que não existe uma equipa médica para se poder deslocar a um local de um acidente ou junto de um doente que necessite de apoio médico urgente. É desta forma impossível assegurar o apoio médico urgente em todo o distrito fora das instalações das unidades de saúde”, sublinhou.
Segundo Carlos Cortes, “tem existido, nos últimos anos, um esforço enorme por parte das equipas médicas da ULS da Guarda de forma a garantir o socorro às populações. Esta falha é inédita e incompreensível”.
Perante a gravidade da situação, o responsável pede a intervenção urgente do titular da pasta da Saúde, pois considera “inadmissível que a VMER da Guarda fique parada sem médico”, dado que “o socorro não pode ficar inoperacional”.
Aquele organismo classifica a situação como sendo “extremamente grave” e anunciou que irá remeter um ofício urgente ao ministro da Saúde e à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, “já que a ULS da Guarda é responsável por manter uma equipa sempre operacional”.
A SRCOM salienta que a inoperacionalidade da viatura VMER afeta à ULS da Guarda representa, em caso de calamidade, “um altíssimo risco para a Guarda” e para as regiões limítrofes.
“Não podemos deixar os cidadãos desta região sem o socorro que faz a diferença entre a vida e a morte”, conclui Carlos Cortes.
Questionado pela agência Lusa, o gabinete da presidente da ULS da Guarda, Isabel Coelho, disse que “a VMER da Guarda esteve inoperacional entre as 08:00 e as 17:18, sendo que das 08:00 às 16:30 por falta de recursos humanos médicos com formação específica e das 16:30 às 17:18 por problemas mecânicos da viatura”.
“Destes factos, teve conhecimento de imediato o CODU [Centros de Orientação de Doentes Urgentes] de modo a que nenhum doente ficasse sem assistência”, sublinhou a responsável.
“De acordo com a legislação em vigor, é responsabilidade dos hospitais que dispõem de VMER garantir a operacionalidade destes meios de emergência médica, designadamente da sua escala de profissionais: médico e enfermeiro”, informou, igualmente contactado pela agência Lusa, fonte do Gabinete de Marketing e Comunicação do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
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