Este périplo, cuja primeira paragem será a cidade colombiana Cartagena das Índias, será marcado pela atual crise política na Venezuela e pelas recentes declarações do Presidente norte-americano sobre uma possível “opção militar” naquele país.
“Temos várias opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se necessário”, afirmou, na sexta-feira passada, o chefe de Estado norte-americano, sem precisar mais detalhes.
“A Venezuela não é longe e há pessoas que sofrem e pessoas que morrem”, acrescentou Trump.
No momento da partida, Mike Pence avançou na rede social Twitter os propósitos desta viagem: “Em nome de POTUS [sigla em inglês usada para referir o Presidente dos Estados Unidos], partimos rumo à Colômbia para encontrarmo-nos mais tarde com o Presidente Juan Manuel Santos”.
Durante a próxima semana, Pence irá deslocar-se também à Argentina, ao Chile e ao Panamá.
“Colômbia, Argentina, Chile e Panamá representam o futuro, o futuro da liberdade, a oportunidade, o comércio e o crescimento, enquanto a Venezuela continua no passado de ditaduras e de opressão”, declarou, por sua vez, um alto funcionário da Casa Branca, que pediu para não ser identificado.
Com esta viagem, Mike Pence vai procurar reafirmar o compromisso do governo de Trump com a América Latina e fortalecer o esforço multilateral para isolar a Venezuela, país envolvido numa profunda crise económica e política.
Colômbia, Argentina, Chile e Panamá constam entre os 12 países que concordaram esta semana em Lima (Peru) não reconhecer qualquer decisão da recém-instalada Assembleia Constituinte.
A instalação recente da Assembleia Constituinte, descrita pela oposição como uma tentativa de instaurar uma “ditadura comunista” na Venezuela e qualificada pelos Estados Unidos como “ilegítima”, aumentou a tensão nas relações Caracas/Washington. Os dois países deixaram de estar representados ao nível de embaixadores desde 2010.
A Venezuela vive a sua pior crise política desde há décadas, com manifestações das quais resultaram 125 mortos e milhares de feridos em quatro meses, mas o Presidente venezuelano Nicolás Maduro, cuja saída é exigida pelos manifestantes, tem permanecido impassível face às pressões internacionais.
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