“Bruxelas tenta erradicar a soberania dos países membros, e em vez da Europa das nações quer construir os ‘Estados Unidos Europeus'”, disse Orbán após ter prestado juramento à Constituição.
A designação de Orbán foi legitimada por 133 dos 199 deputados, com 27 a votarem contra e 39 ausentes da votação.
O político soberanista reiterou que o seu Governo irá manter as políticas centradas na defesa das fronteiras, na família e nos menores.
“Não aceitaremos medidas económicas que arruínem das famílias”, enfatizou o primeiro-ministro.
Orbán sublinhou que a Hungria irá permanecer como membro de pleno direito da União Europeia (UE) e que “lutará pela união das nações livres e iguais”.
Numa referência à invasão russa da Ucrânia, afirmou que “a UE não possuiu instrumentos para abordar a crise” e duvidou que a política de sanções a Moscovo consiga “pôr a Rússia de joelhos”.
No entanto, assegurou que o seu país não bloqueará nenhuma medida de Bruxelas caso não seja atravessada “a linha vermelha”, numa clara alusão ao embargo do petróleo russo ao qual se opõe Budapeste, argumentando que a sua enorme dependência energética da Rússia provocaria graves prejuízos para a economia nacional.
A oposição protestou de diversas formas contra o novo mandato de Orbán.
Neste sentido, o líder da Coligação Democrática (social-democrata e liberal) e ex-primeiro-ministro, Ferenc Gyurcsány, assegurou que Orbán e o seu Governo manipularam a opinião pública e que “as eleições de abril passado não foram nem livres nem justas e o novo Governo será ilegítimo”.
O Fidesz, o partido de Orbán, garantiu em 03 de abril passado a sua quarta maioria absoluta, ao recolher 54% dos votos e 199 dos 233 lugares do Parlamento húngaro.
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