A autoridade nacional de saúde recordou que emitiu na passada quarta-feira uma informação aos profissionais de saúde, de cariz técnico, dirigida principalmente a quem presta cuidados de saúde a crianças e a grávidas.
“Esta informação insta os profissionais de saúde a manterem-se vigilantes em relação à infeção pelo parvovírus B19, e a incluírem, no momento de avaliação dos utentes incluídos nos grupos-alvo, um momento de aconselhamento e informação, particularmente aqueles que apresentem risco de complicações”, salientou.
Evitando recomendar medidas específicas à população geral, DGS realçou que “permanece atenta e a acompanhar a evolução nacional e internacional desta infeção, e emitirá informações e documentos técnicos sempre que necessário”.
Na informação disponível no seu ‘site’, a DGS indica, citando dados provisórios, que desde janeiro deste ano observou-se um aumento progressivo do número de internamentos hospitalares, relacionado com o Parvovírus, com aparente pico em março.
“Estima-se que 30-40% das mulheres grávidas podem ser suscetíveis à infeção. A infeção nas primeiras 20 semanas de gestação pode conduzir a resultados adversos graves para o feto, como anemia, hidrópsia fetal e morte intrauterina, em até 10% dos casos”, adverte a DGS.
Em crianças, o sintoma mais frequente é o eritema infeccioso, caracterizado por um quadro febril de mal-estar, com mialgias, diarreia e cefaleias, enquanto nos adultos, é a poliartralgia periférica das mãos, punhos, joelhos e tornozelos, podendo afetar até 50% das mulheres grávidas não imunes infetadas.
De acordo com a DGS, cerca de dois terços da população são imunes à infeção pelo parvovírus B19, devido a infeções anteriores (15% das crianças pré-escolares, 50% dos adultos e 85% dos idosos).
Acerca do aumento de infeções pelo parvovírus B19, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu na sexta-feira que a DGS e os seus peritos "estão muito atentos" à questão.
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