Zaparero, que se encontra no Equador pela terceira vez em menos de um mês, disse na segunda-feira que a moção que o líder do PSOE, Pedro Sánchez, apresentou contra o chefe do executivo espanhol “é uma figura constitucional” e “o exercício de um direito”.

“Espero que seja um debate que contribua para a necessária estabilidade política e ao futuro”, disse à agência noticiosa Efe o ex-líder dos socialistas espanhóis, sem fornecer mais detalhes.

O Congresso dos deputados espanhol (parlamento) debate na quinta e na sexta-feira a moção de censura apresentada pelos socialistas, após a histórica sentença da Audiência Nacional, que condenou o Partido Popular (PP, direita, liderado por Rajoy) por um dos casos de corrupção mais importantes dos últimos anos em Espanha.

O designado “caso Gürtel” consiste numa rede de pagamentos de empresários a responsáveis do PP, para além de o partido ter mantido durante anos uma contabilidade paralela baseada em contribuições opacas de homens de negócios.

O parlamento espanhol vai debater uma moção apresentada na sexta-feira, que caso seja aprovada implicará a designação do líder do PSOE para a chefia do executivo, apesar de necessitar do apoio de outras forças políticas por apenas garantir 84 dos 350 deputados.

Zapatero participou na segunda-feira em Quito na inauguração de um curso de Direito internacional humanitário que analisa os 20 anos da assinatura dos acordos de paz entre o Peru e o Equador após a guerra do Cenepa, em 1995.

Para o evento estava também convidado o Presidente equatoriano, Lenín Moreno, que acabou por cancelar a sua participação.