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Num tom pragmático e direto, Zelensky afirmou que será a força a garantir a paz no seu país.
“Só nós podemos garantir a nossa própria segurança”, disse, apelando à solidariedade dos líderes presentes.
O chefe de Estado ucraniano reiterou ainda que “não há garantias de segurança, exceto amigos com armas”, sublinhando que “as armas decidem quem sobrevive”.
Para Zelensky, o direito internacional “não funciona totalmente” sem aliados poderosos “por quem valha a pena lutar” e, mesmo assim, frisou, “nada disso funciona sem armas”.
Zelensky lembrou também que, todas as semanas, continuam a morrer pessoas na Ucrânia, enquanto a Rússia prossegue a guerra.
“Ainda não há cessar-fogo porque a Rússia recusa”, reforçou.
O presidente ucraniano acusou ainda Moscovo de ter raptado milhares de crianças, algumas entretanto recuperadas. “Agradeço a todos os que ajudaram, mas quanto tempo demorará a trazê-las todas de volta a casa?”, questionou.
Zelensky recordou ainda que a Rússia tem violado o espaço aéreo da NATO nas últimas semanas. “Felizmente, não eram Shahed ou ainda piores, ou os resultados teriam sido horrorosos”, acrescentou.
Virando o discurso para os Estados Unidos, Zelensky evocou o atentado falhado contra Donald Trump durante a campanha eleitoral. “Ontem, o presidente Trump esteve aqui mesmo nesta sala, e Deus salvou-o de um homicídio durante a sua campanha. Um tiro foi disparado de uma espingarda e apenas uma fração de milímetro salvou a sua vida”, lembrou, referindo-se ao ataque na Pensilvânia antes das eleições.
Antes de terminar, o presidente ucraniano deixou um aviso ao resto do mundo, afirmando que Vladimir Putin não vai parar na Ucrânia.
“Putin vai continuar a levar esta guerra para a frente, maior e mais profunda… a Ucrânia é apenas a primeira. Os drones russos já estão a voar pela Europa”, alertou.
“Os factos são simples: parar esta guerra agora é mais barato que construir jardins de infância subterrâneos ou bunkers maciços mais tarde. Parar Putin agora é mais barato do que tentar proteger todos os portos e navios dos drones terroristas”, acrescentou.
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