“Até esta manhã, havia 28 mísseis, dos quais 20 foram abatidos. Mais de 15 ‘drones’, quase todos são drones de combate iranianos. A maioria foi abatida”, sublinhou o governante, na habitual mensagem de vídeo noturna divulgada na rede social Twitter.
Zelensky frisou que as obras de recuperação já estão a decorrer “de forma bastante rápida e eficiente em todo o país”, explicando que os ataques de hoje impediram que fosse restaurado “o fornecimento de energia, abastecimento de água e comunicações que os terroristas danificaram ontem [segunda-feira]”.
“Onde houve destruição, a infraestrutura será renovada em todos os lugares. Onde houve perdas, já há ou haverá construção. Onde havia qualquer esperança do inimigo, haverá ruínas do Estado russo”, sublinhou ainda.
Na madrugada de segunda-feira a Rússia lançou simultaneamente dezenas de mísseis contra várias cidades ucranianas, incluindo Kiev, matando e ferindo dezenas de pessoas e infligindo danos sem precedentes a infraestruturas críticas da Ucrânia.
Pela primeira vez em meses, mísseis russos explodiram no coração da capital da Ucrânia, perto de prédios do Governo, e Putin apareceu em público a dizer que os ataques tinham sido uma retaliação ao que apelidou de ações “terroristas” por parte de Kiev.
Em reação, os líderes do G7 prometeram hoje “pedir contas” ao presidente russo, Vladimir Putin, pelos violentos ataques contra civis em várias cidades ucranianas, que se intensificaram desde segunda-feira.
“Qualquer uso de armas químicas, biológicas ou nucleares pela Rússia terá sérias consequências”, avisam os líderes do grupo das sete potências mundiais (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
O G7 garantiu ainda ao presidente Zelensky “apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático, pelo tempo que for necessário”, acrescentando que aguardam “com interesse os resultados da Conferência Internacional de Peritos sobre a Recuperação, Reconstrução e Modernização da Ucrânia”, que se realiza em 25 de outubro.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia já causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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