No final da reunião do grupo parlamentar do PSD, Rio foi questionado se ficou surpreendido com a decisão da bancada comunista anunciada na quarta-feira.
“Sim, acho que há aqui uma teimosia e vai longe de mais, se já não conseguia entender a posição [do PCP] desde o início, chegar ao extremo de nem sequer estar presente na sessão quando quem fala é quem é invadido e está a sofrer… Não consigo encontrar explicação”, disse.
Questionado se faria sentido uma deslocação do primeiro-ministro ou do Presidente da República portugueses a Kiev, como têm feito outros líderes europeus, o presidente do PSD admitiu não ter pensado sobre a questão, preferindo responder em termos genéricos.
“Se essas visitas, uma ou outra, tiverem um significado importante no que é a ajuda à Ucrânia, entendo que deve ser equacionado. Se for apenas para tirar uma fotografia sem grande efeito prático, já não tem o mesmo relevo. Excluir não é de excluir, porque devemos estar todos solidários com o que se passa na Ucrânia, que é uma coisa estúpida”, afirmou.
Sobre o que espera da intervenção do Presidente ucraniano, Rio considerou que “é sempre um momento importante”.
“Poderá ver a quase unanimidade do parlamento português a apoiar - tirando o PCP - de uma forma política e mais do que sentida a Ucrânia”, disse.
O Presidente da Ucrânia fará hoje uma intervenção por videoconferência no parlamento português, numa sessão solene com altas entidades do Estado e representantes da comunidade ucraniana nas galerias, mas sem a presença dos seis deputados do PCP.
A sessão solene de boas-vindas a Volodymyr Zelensky está marcada para as 17:00 e apenas intervirão o Presidente da Ucrânia e o presidente da Assembleia da República, sem limite de tempo.
Na quarta-feira, o PCP anunciou que não irá participar na sessão solene na Assembleia da República, por considerar que Volodymyr Zelensky “personifica um poder xenófobo e belicista”.
A ideia de a Assembleia da República promover uma sessão parlamentar por videoconferência com o Presidente da Ucrânia partiu do PAN e foi aprovada por maioria, apenas com a oposição do PCP.
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