Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com os ‘leões’, Abel Ferreira deixou elogios ao Sporting, uma equipa com uma “filosofia de jogo muito própria e que tem um dos melhores treinadores portugueses”, mas frisou a vontade de vencer.
“Sabemos que é uma tarefa difícil, mas não impossível, temos as nossas possibilidades. Vamos seguramente fazer um bom jogo, ser uma equipa organizada, responsável, com caráter e que vai lutar, do primeiro ao último minuto, pelos três pontos”, disse.
Abel Ferreira frisou também um “desafio extra: esta é uma oportunidade única nestes últimos anos para o Braga ir a casa de um rival e, em caso de vitória, passar para a frente”.
Considerou ainda que “a pressão de ganhar está do lado” do adversário “sob pena [de o Sporting] ficar ainda mais longe do objetivo de ser campeão”.
O Sporting de Braga “está muito bem classificado na I Liga, tem o objetivo de encurtar distâncias e está a consegui-lo”, recordou o técnico, apelando à astúcia para vencer em Lisboa.
Na ‘ressaca’ da saída de José Peseiro do comando técnico do Braga, Abel Ferreira, treinador da equipa B que orientará a equipa até domingo, disse que o seu trabalho incidiu mais na vertente psicológica dos jogadores.
“Em três dias, o que tu podes fazer é apelar ao seu caráter, ao seu brio, e perceber que, independentemente de quem cá está, o clube tem uma filosofia própria, que, nos últimos anos, assenta uma cultura de vitória muito grande”, disse.
Por isso, o seu trabalho assentou, “essencialmente, em responsabilizar os jogadores”, mas também em permitir que “desfrutem do jogo, que tenham paixão”.
“Os jogadores querem dar uma resposta e vão ter uma equipa determinada para vencer”, assegurou.
Na presença do presidente, António Salvador, e do diretor executivo, Rui Casaca, Abel Ferreira notou que o reparo feito pelo líder do clube – “alguns jogadores ainda não perceberam o que é estar nesta casa” – foi uma “chamada de atenção”.
“O Braga cresceu muito, quando saí daqui em 2005 o Braga lutava para não descer e, em 10 anos, foi à final da Liga Europa, venceu uma Taça de Portugal, andou a lutar taco a taco pelo título. Os jogadores têm consciência da grandeza do clube, mas foi um alerta do presidente, uma chamada de atenção, como um pai puxa as orelhas a um filho por muito amor que lhe tenha quando esse não é o caminho”, salientou.
Abel Ferreira desdramatizou ainda a saída de José Peseiro: “Não há outra forma, os treinadores são avaliados pelos resultados, isto é a nossa vida, não vamos fazer drama nenhum, os jogadores e os treinadores passam e a identidade do clube mantém-se”.
Assegurando ainda não ter qualquer mágoa pela saída do Sporting [treinava então a equipa B dos ‘leões’].
“Tenho uma imagem e uma credibilidade no futebol e não há dinheiro nenhum no mundo que pague isso. Tenho liberdade intelectual e financeira que me permitem pensar e falar como quero. Na vida isto acontece quando as ideias não são convergentes, foi o que aconteceu na altura, ninguém tem de ficar chateado, cada um segue a sua vida”.
Sporting de Braga, quarto classificado com 27 pontos, e Sporting, terceiro com 26, defrontam-se no domingo, a partir das 20:15, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, numa partida que vai ser arbitrada por Hugo Miguel, da associação de Lisboa.
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