O decreto do Ministério do Interior determina que os seguidores do Lyon, adversário do Benfica na Liga dos Campeões, não podem viajar, individual ou coletivamente, "por qualquer meio", entre as duas cidades.
A decisão ministerial foi adotada "considerando que nem mesmo o decreto (...), que proíbe a qualquer pessoa que se afirme adepta do OL ou que se comporte como tal de aceder ao Estádio Velódrome e de circular ou estacionar na via pública, nem as interdições individuais de [presença em] estádio, nem mesmo a mobilização das forças de segurança são suficientes para evitar incidentes que possam ocorrer".
Para justificar a decisão, o Ministério do Interior salienta que "as deslocações do Olympique Lyonnais são frequentemente uma fonte de desordem pública devido ao comportamento violento de certos adeptos ou indivíduos que se dizem adeptos da equipa".
No decreto são enumeradas "rixas entre adeptos" e atos de "violência contra a polícia" que causaram ferimentos ou danos desde 2016 até ao jogo Nimes-Lyon, realizado em 24 de maio deste ano.
O governo sublinha ainda que adeptos do Marselha, cuja equipa é treinada pelo português André Villas-Boas, adotam também com frequência comportamentos violentos.
Além destes fatores, o decreto recorda a "forte rivalidade" entre os adeptos dos dois clubes, que se acentuou com partida do treinador Rudi Garcia para o Lyon no início da época, depois de ter orientado o Marselha entre 2016 e 2019.
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