Depois das denúncias de doping generalizado dos seus atletas, com a agravante da situação ser estimulada e protegida pelo estado russo, conforme revelou o relatório McLaren, a AMA vai reunir em Montreal, Canadá, para avaliar um eventual levantamento da suspensão.

Em novembro, o conselho da fundação da AMA votou pela manutenção da suspensão, após a agência russa não ter cumprido com a exigência de aceitar publicamente as conclusões do relatório McLaren e o governo não ter permitido o acesso a todas as amostras e dados mantidos no laboratório, que são objeto de uma investigação.

Olivier Niggli, diretor geral da AMA, será quem vai informar os membros do conselho de fundação sobre os avanços.

O relatório McLaren estima que sejam mais de 1.000 os desportistas implicados num sistema de doping entre 2011 e 2015, acusação reiteradamente negada pelo governo.

Em 07 de dezembro, o vice-primeiro ministro ruso, Vitali Mutkó, igualmente presidente da federação russa de futebol, deixou o comité organizador do Mundial2018, dois dias depois de ter sido banido pelo Comité Olímpico Internacional pelo seu papel na alegada conspiração de doping.

O político, que já presidiu ao clube Zenit São Petesburgo, tinha liderado a Rússia nos Jogos de Inverno de 2010, em Vancouver, Canadá, onde fui acusado de ter gastado 12 vezes mais do que o orçamentado.

O Conselho de Fundação do COI é formado por 38 membros que representam o movimento olímpico e os governos de forma equitativa e reunirá um dia depois da comissão executiva da AMA.

Devido ao escândalo de doping, a Rússia foi proibida de participar nos Jogos Olímpicos Rio2016, no Brasil, e nos Jogos de Inverno de PyeongChang2018, na Coreia do Sul.