Juan Delgado colocou o Paços de Ferreira em vantagem, aos 30 minutos, mas o Estoril Praia, melhor na maior parte do tempo, chegou ao empate por Bruno Lourenço, aos 45+1, logrando dar a volta ao resultado no segundo tempo. André Franco fez o segundo dos ‘canarinhos’, de grande penalidade, aos 78, três minutos antes de Joãozinho, com um remate em jeito de fora da área, fazer o terceiro e fixar o resultado final.
Na tabela, o Estoril, com duas vitórias e um empate, subiu ao terceiro lugar, com os mesmos sete pontos do FC Porto, enquanto o Paços de Ferreira, derrotado pelo segundo jogo consecutivo, caiu para a segunda metade, com os mesmos três.
Jorge Simão alertou na antevisão para uma mudança de paradigma, em função da sucessão de jogos, sobretudo, cumprindo na rotatividade anunciada, com a introdução do trio ofensivo hoje composto por Delgado, João Pedro e Uilton, e, em rigor, o Paços foi mais reativo do que o habitual, concedendo a iniciativa ao Estoril Praia.
Os ‘canarinhos’, com Ferraresi e Chiquinho de início, foram quase sempre mais rápidos com e sem bola e fizeram uma ocupação dos espaços que condicionou, claramente, a construção dos locais, aproveitando as linhas subidas, incluindo o guarda-redes, quase a funcionar como um líbero.
Esta ousada estratégia tinha o senão de uma perda ou recuperação de bola em zonas próximas da baliza poder resultar em golo, o que quase aconteceu a favor do Paços, aos 11 minutos, mas Eustáquio desperdiçou a superioridade numérica depois de ‘roubar’ a bola no meio-campo ofensivo, uma situação que se voltou a repetir aos 25, mas o remate de Uilton foi fraco e saiu â figura do guarda-redes Daniel Figueira.
O médio pacense, internacional canadiano e responsável por pensar o jogo do Paços, pareceu sempre mais solto do que os colegas, o que lhe permitiu também chegar às zonas de finalização, e, aos 15 minutos, ainda assustou, num centro-remate da direita.
Por esta altura, os pacenses conseguiam ser mais perigosos tendo menos bola, mas a resposta ‘canarinha’ quase valeu golo, aos 28 minutos, valendo o corte de Baixinho a negar o golo a bruno Lourenço.
Não marcou o Estoril, faturou a seguir o Paços, aos 30 minutos, por Juan Delgado, a aproveitar uma falha de Ferraresi, que deixou a bola passar por baixo do pé, após uma incursão de Antunes pela esquerda.
O golo era uma boa boleia para a estratégia pacense, mas uma distração defensiva, já nos descontos do primeiro tempo, valeu o empate ao Estoril, quando Bruno Lourenço emendou ao segundo poste um cabeceamento de Lucas Áfrico, na área pacense, onde tinha estado em apoio ao ataque num lance de bola parada.
O segundo tempo mostrou um Paços mais próximo do registo habitual, para o que contribuíram as alterações operadas por Jorge Simão, sobretudo a partir das entradas de Lucas Silva, Hélder Ferreira e Jorge Silva, e a agressividade maior da equipa quase deu resultado em dois momentos, aos 62 e 68 minutos, mas em ambos João Pedro e Lucas Silva não conseguiram marcar.
Como acontecera no golo pacense, seria o Estoril a marcar no melhor período do adversário, de grande penalidade, numa entrada arriscada e algo despropositada de Flávio Ramos sobre Chiquinho, na área do Paços, aproveitada por André Franco para lograr dar a volta ao resultado.
Três minutos depois, aos 81, o Estoril Praia tornou a missão pacense (quase) impossível, ao marcar o terceiro, pelo canhoto Joãozinho, de pé direito e em jeito, num remate candidato a golo da temporada.
O Paços, que vai discutir na quinta-feira diante do Tottenham a presença na fase de grupos da Liga Conferência Europa, tudo fez para reduzir e reentrar na discussão, mas o resultado não sofreu mais alterações.
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