Em declarações aos jornalistas na cerimónia de apresentação de cumprimentos da missão portuguesa para Tóquio2020, em Lisboa, o trio de surfistas portugueses apurados – Teresa Bonvalot, Yolanda Hopkins e Frederico Morais – vincou a sua satisfação pela estreia da modalidade na competição olímpica e não escondeu o otimismo.
“As expectativas são as mais altas, é surfar ao máximo”, disse Teresa Bonvalot, secundada pela felicidade de Yolanda Hopkins, que enalteceu a “equipa completa no lado das raparigas”. Já para Frederico Morais, o orgulho pela presença na capital nipónica é “enorme”, mas revelou que não era um sonho que tivesse para a sua carreira anteriormente.
“Não era um sonho, porque não era uma realidade palpável, mas, uma vez que isso se tornou possível, sem dúvida que se tornou um objetivo. Garanti a minha vaga mais cedo, tive oportunidade de ver a Teresa e a Yolanda garantirem as vagas e quase posso dizer que fiquei mais feliz por elas do que por mim. Elas surfaram muito bem e deixa-me com ótimas esperanças para estes Jogos. Tenho a certeza de que vamos lá deixar o nosso coração”, notou.
Igualmente em estreia nesta edição dos Jogos Olímpicos está o skateboarding, no qual Portugal será representado pelo jovem Gustavo Ribeiro, que apontou ao céu como “limite” para os seus objetivos em Tóquio.
“Nunca sonhei que o skate fosse estar nos Jogos Olímpicos, porque desde sempre foi levado como um desporto um pouco mais rebelde, não um real desporto, portanto, fico muito feliz. Tenho treinado o máximo possível para estar presente, consegui a minha confirmação e agora é trabalhar ao máximo para conseguir uma medalha olímpica. É óbvio que vai ser bastante difícil, mas nada é impossível. O céu é o limite e com esforço tudo é possível”, asseverou.
Para os velejadores Diogo Costa e Pedro Costa, que competem na classe 470, Tóquio marca também a estreia olímpica e o estatuto de vice-campeões mundiais é um ‘cartão de visita’ que os associa a potenciais medalhas. No entanto, os dois irmãos sabem que os ventos podem nem sempre correr de feição e focam-se, por agora, na ‘medal race’.
“Apontamos para a ‘medal race’, a regata dos 10 primeiros que abre depois a opção para as medalhas, e a partir daí vamos tentar aproveitar cada oportunidade que tivermos. Vamos dar o nosso melhor”, explicou Pedro Costa, tendo Diogo Costa garantido que a “preparação tem corrido muito bem” e que seguem viagem para Tóquio daqui a uma semana, iniciando os treinos em águas japonesas no dia 15.
Numa situação diferente destes atletas encontra-se o tenista João Sousa, que em Tóquio vai assinar a sua segunda experiência olímpica, depois da estreia no Rio2016. Para o experiente tenista português, de 32 anos, a promessa é, simplesmente, “dar o melhor”, na sequência de um “ano atípico” por força da pandemia.
“As expectativas são boas. É um motivo de orgulho poder representar Portugal mais uma vez nos Jogos Olímpicos, já tive essa experiência e acredito que para o Pedro [Sousa] seja ainda mais especial por ser a sua primeira presença. Estamos motivados para fazer um bom resultado”, afirmou.
Por sua vez, Pedro Sousa reconheceu o “orgulho” por atingir uma meta que tinha para a sua carreira e fixou a ambição em “tentar ir o mais longe possível” em Tóquio.
Portugal vai estar representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento por um ano, devido à pandemia de covid-19.
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